Emoção vespertina

Oito novelas dos 40 anos do SBT que poderiam ser reprisadas nas tardes da emissora

As "manjadas" Carrossel e Esmeralda voltam ao ar no dia 16, das 12h às 14h

Publicado em 06/05/2022

Nos últimos tempos as novelas do SBT têm sido cinco: três no final da tarde e duas na faixa nobre noturna. Quatro delas são reprises – apenas Se Nos Deixam é inédita no Brasil.

A emissora de Silvio Santos anunciou que, no próximo dia 16, outras três novelas estreiam na programação: a inédita Paixões de Gavilanes e as reprises de Carrossel e Esmeralda, estas em suas versões brasileiras.

Relembre oito novelas do SBT que poderiam ser reprisadas, entre brasileiras e mexicanas, ao invés das duas “manjadas” acima citadas, que ocuparão a grade do meio-dia às duas da tarde.

A saber, Éramos Seis, sempre citada entre as melhores novelas da emissora e muito pedida para reprise, fica de fora. Afinal, ela já é hors concours nesse sentido, além do que hoje os direitos sobre a história pertencem à TV Globo.

Entre as nacionais, algumas novelas do SBT que merecem reprise

Chiquititas

Entre 1997 e 2001 o SBT produziu em parceria com a emissora argentina Telefe sua primeira versão de Chiquititas, original de Cris Morena. Com a finalidade de aproveitar o sucesso do filão infantil e evitar uma nova reprise da versão exibida entre 2013 e 2015, valeria a pena ter resgatado essa.

Logo que vai trabalhar no Orfanato Raio de Luz, Carolina (Flávia Monteiro) inicia sua luta pelo bem-estar das crianças. Uma grande opositora é Carmem (Débora Olivieri), irmã do dono da instituição, José Ricardo (Rogério Márcico). Ele é avô de uma das internas, Mili (Fernanda Souza), fruto de um romance de sua filha Gabi (Cláudia Santos).

Foi uma das mais marcantes novelas do SBT, e por isso mesmo escolhida para uma nova versão. E pode ser considerada brasileira, embora fosse gravada na Argentina.

Razão de Viver

Meus Filhos, Minha Vida, produzida pela casa entre 1984 e 1985, foi refeita em 1996 com o título Razão de Viver. A protagonista da história de Ismael Fernandes era Luzia (Irene Ravache). Viúva, ela era a mãe abnegada de André (Marco Ricca), Pedro (Petrônio Gontijo) e Mário (Gabriel Braga Nunes).

Os dramas dos filhos envolvem a mãe. De tal forma que isso lhe proporciona preconceitos, sofrimentos e humilhações. Joana Fomm interpretou uma de suas megeras, Yara.

O elenco era cheio de nomes que hoje estão na Globo ou na Record TV. Entre os quais Adriana Esteves, Raul Gazolla, Cássio Scapin, Bel Kutner, Vera Zimmermann e Cláudia Mello. Tinha também as hoje sumidas Ana Paula Arósio e Cláudia Liz.

Amor e Ódio

Após iniciar um novo ciclo de adaptações de originais estrangeiros com elenco brasileiro, em 2001, Amor e Ódio foi a segunda história produzida, logo depois de Pícara Sonhadora.

Em consequência de uma grande desilusão amorosa, Regina (Suzy Rêgo) se isola numa fazenda. Seu noivo Maurício (Edson Fieschi) a traía com a prima dela, Laura (Viétia Zangrandi), inegavelmente invejosa e mau-caráter. Regina torna-se seca e fria, mas o rude machão Zé Maria (Daniel Boaventura) a faz reencontrar o amor.

Os Ossos do Barão

O SBT exibiu em 1997 essa nova versão da obra de Jorge Andrade, então reunindo elementos de duas histórias suas para a TV. O desejo do imigrante italiano Egisto (Juca de Oliveira) de possuir um título de nobreza, de um lado. Do outro, as intrigas da família Penteado, trazidas de Ninho da Serpente, novela da Bandeirantes de 1982. Aqui o clã era liderado pelo perverso Cândido (Rubens de Falco).

O romance de Martino (Tarcísio Filho) e Isabel (Ana Paula Arósio) passou à vida real. Merece destaque o sensível trabalho dos veteranos Leonardo Villar e Cleyde Yaconis como Antenor e Melica.

Não só eles, como também Jussara Freire, Laerte Morrone e Othon Bastos. Além disso, destaca-se a direção de Nilton Travesso, Antonio Abujamra, Henrique Martins e Luiz Armando Queiroz.

Novelas do SBT feitas no México que vale a pena rever

Laços de Amor

Maria Paula, Maria Guadalupe e Maria Fernanda são trigêmeas cujas vidas são marcadas por uma tragédia familiar. Adultas, suas personalidades distintas provocam novos e grandes conflitos.

A novela foi apresentada pelo SBT em 2006. Sobretudo, valeria a pena arriscar nela de novo para aproveitar o sucesso da protagonista Lucero. A atriz viveu a mãe da pequena Dulce Maria (Lorena Queiroz) em Carinha de Anjo.

Sigo te Amando

A família de Dona Paula (Carmen Montejo) está à beira da falência e pode perder tudo. A menos que sua neta Luiza (Claudia Ramirez) se case com o cruel Inácio Aguirre (Sergio Goyri) como pagamento de uma dívida. Mas Luiza ama na verdade Luis Angel (Luis José Santander).

A história se passa no interior, num povoado de nome Arroio Negro. Foi ao ar em 2000 no Brasil e seu tema de abertura era interpretado pela Família Lima. “Beijo é mais lindo que o mar e o céu, beijo é mais doce que o mel… Te abraço e o tempo parece parar…”

É bem verdade que não faz muito o SBT apresentou A Que Não Podia Amar, nova adaptação do mesmo original do qual Sigo te Amando parte. Mas isso não é problema na emissora, como sabemos.

Camila

Remake de um sucesso conhecido no Brasil, Viviana – Em Busca do Amor. Por certo isso contou na escolha de Silvio Santos. Essa novela do SBT era protagonizada por um casal na vida real. Bibi Gaytán e Eduardo Capetillo eram os astros da história.

Camila é uma jovem camponesa que sofre muito para ser feliz com Miguel. Este é advogado e acaba se casando com a filha do chefe, Mônica (Adamarí López). No entanto, sua verdadeira paixão é Camila, embora a tenha desprezado. Por isso, o sofrimento de todos é inevitável, até o final feliz.

O SBT a exibiu por aqui em 2001, e só nesta ocasião. Sobretudo, a beleza e o talento de Bibi valem a pena. Se acaso fosse promovida, uma nova exibição eventualmente apresentaria bons números de audiência.

Amor Real

Esta história teve uma produção esmerada e é incomum nas novelas do SBT: mexicana, mas de época. A fim de manter os padrões de vida de sua família, a jovem Matilde (Adela Noriega) se casa com o rico Manuel (Fernando Colunga). Porém, seu amado é Adolfo (Mauricio Islas), e ela só cede por causa da mãe, Augusta (Helena Rojo).

Só que Matilde se descobre depois apaixonada pelo marido inicialmente indesejado. Só para ilustrar, as atrizes repetiram aqui o mesmo parentesco que tiveram em O Privilégio de Amar, pois Helena aqui era novamente mãe de Adela.