Crítica

Star Wars: Andor finaliza temporada exibindo emoção e técnica de forma equilibrada

Pelos olhares do talentoso elenco, mergulhamos fundo nesta narrativa sobre amor e revolução

Publicado em 23/11/2022

Com o fim da primeira temporada de Star Wars: Andor para a Disney+, podemos confirmar que nunca em toda a saga Star Wars – que inclui obras para o cinema, assim como séries do streaming – ficou uma sensação de ‘quero mais’ tão substancial.

Alguns dizem que foi com The Mandalorian que as coisas deram uma virada qualificada dentro da franquia mais amada de todos os tempos. É verdade, contudo, ainda vemos na primeira série live-action para a plataforma Disney+, uma busca por envolvimento com a linha narrativa principal (trilogia original) que mais prende do que incita criatividade.

Agora, temos através de Star Wars: Andor, exatamente, aquilo que faltou em The Mandalorian, adicionando uma força técnica inquestionável que se soma a uma narrativa que banha o assinante da Disney+ em uma história de amor e revolução como nunca havíamos sentido dentro do universo de Star Wars, anteriormente.

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Diego Luna como Cassian Andor em Star Wars: Andor da Disney+

A Força do elenco

Escolher um destaque como parte do último episódio intitulado ‘Rix Road’ seria um pecado, especialmente, dentro do elenco mais que competente da série criada por Tony Gilroy.

Em um determinado momento do capítulo mais recente, observamos a câmera executando sua principal função narrativa, no caso, capturar a expressão do seu grupo de atores e atrizes com zelo como uma máquina de raio-X, dando-nos a oportunidade de decifrar pelos olhares e contrações faciais todo o peso dramático em cena.

É de tirar o fôlego como o diretor Benjamin Caron elevou todos os quesitos gradativamente no mesmo ritmo, para mais a frente, explodir tudo diante de nossos olhos que não conseguiam – ou mesmo queriam – desviar-se daquela inquestionável força rebelde.

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Um fugitivo Cassian Andor na série da Disney+

Que o Amor esteja com você

Se Star Wars: Andor é o acerto que se mostrou ser – episódio por episódio – não ficam dúvidas que o mérito maior recai sobre os ombros de Tony Gilroy, reconhecido como a mente por de trás da fenomenal trilogia Bourne, responsável por remodelar o gênero ação no início do século.

Da mesma maneira como fez na saga do agente que foge de forças opressoras em busca de sua identidade, testemunhamos um material que exala primor técnico, acompanhado de uma carga emocional indubitável.

Do primeiro ao último segundo de ‘Rix Road’, acompanhamos tensos e comovidos aqueles movimentos que indicam o fim desta primeira parte de Star Wars: Andor, que deixou um impacto emocional marcante, indicando que mais importante que a Força na galáxia, é a revolução pessoal dentro de cada um, pontuando que esta nasce do sentimento mais poderoso conhecido pela raça humana: amor.

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