
Pelos últimos três episódios – ‘Um anúncio’, ‘Narkina 5’, ‘Ninguém tá escutando’ – de Star Wars: Andor, voltaram o foco narrativo para demonstrar o tamanho do poder e terror que se instalou por toda a parte, pelas mãos pesadas do Império Galáctico.
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Sendo esta produção da Disney+, algo equilibrado desde a sua gênese, então, chega a hora de voltar a espalhar a chama da esperança novamente, através do mais recente capítulo intitulado ‘Só uma saída’.
Aqui, veremos algo que mistura um instinto de sobrevivência acoplado ao heroísmo – que é tão natural à franquia Star Wars – porém, é muito confortável dizer que poucas vezes nesse universo, tivemos a chance de testemunhar algo tão presente e genuíno, como as performances de Diego Luna e Andy Serkis.

O despertar da força dos não-jedis
Já sabemos pelo o que foi visto em alguns episódios anteriores que Cassian Andor (Diego Luna) tem um histórico de dor e sofrimento em sua relação com o Império Galáctico.
Contudo, ainda não tínhamos presenciado nosso protagonista (realmente) compreendendo a importância de bater de frente com o inimigo de modo tão consciente, ao ponto dele ter a certeza clara de que o outro lado, na verdade, tem medo de uma possível Aliança Rebelde surgindo com a proposta de cessar todas as vontades abjetas deles.
Pela produção encabeçada por Tony Gilroy, assistimos uma história de seres que querem, merecem e lutam pela paz e liberdade, como não víamos a muito tempo (!) dentro do universo de Star Wars. Pela qualificada escrita e direção, ganhamos uma produção Disney+, infestada de paixão.

Por olhos rebeldes
O maior destaque em ‘Só uma saída’ vai para a dobradinha entre os atores Diego Luna e Andy Serkis, que complementam um ao outro de um modo um tanto grosseiro e sem afeto, todavia, provocados pela presença inquestionável de cada uma de suas personalidades que dispõem de mais semelhanças do que ambos imaginem.
A cena do discurso para toda a base presa em Narkina 5 é a demonstração perfeita dessa efêmera parceria. Star Wars: Andor repete ‘Acerto de contas’, naquela que foi a primeira grande evidência da resistência entre a população, já muito cansada de viver seus dias enterrada no medo.
Através da verdade nos olhos de ambos atores, sabemos que a real força de Star Wars não está entre os Jedis, mas com aqueles que já perderam tudo ou têm tudo a perder, portanto, só há uma saída: resistir.