Apesar da parte final de ‘O olho’ ter sido (um pouco) anti-climática, prevaleceram todas as qualidades vistas desde o começo de Star Wars: Andor, em especial, roteiro e direção.
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Agora, chegamos no sétimo capítulo ‘Um anúncio’, que realmente veio para fazer o que diz o título, no caso, avisar a todos – incluindo os assinantes – que a mão do Império Galáctico que já era pesada, ficará ainda mais rígida e violenta, uma vez que eles sentiram o golpe dos acontecimentos ocorridos em Aldhani.
Pela produção original da Disney+, (finalmente) conseguimos sentir o peso de uma ameaça na galáxia, algo que faltou na maioria dos longas-metragens para o cinema – todos parte da saga Skywalker.
Mães & Filhos
Uma das coisas mais interessantes de se observar em Star Wars: Andor, são as duas relações entre mãe e filho da série. De um lado, o protagonista Cassian Andor (Diego Luna) e sua mãe Maarva (Fiona Shaw), enquanto do outro temos o ex-inspetor Pre-Mor Syril Karn (Kyle Soller) e sua mãe Eedy (Kathryn Hunter).
E, o mais curioso – além de mais uma prova da maturidade desta produção – é que as duas crias, apesar de estarem de lados opostos, comportam-se similarmente, ou seja, rebelando-se ou agindo contra a vontade de suas respectivas figuras maternas.
Obviamente, que ambas são mulheres completamente diferentes, consequentemente, levaram para seus filhos, crenças e lições também contrárias. Mas, provavelmente, quando chegar a hora, tanto Cassian quanto Syril, deverão agir em nome dessas duas mulheres, seja para o bem ou para o mal.
O terror na galáxia
Já foi dito anteriormente, a respeito de quais são as diferenças entre a vilania e uma ameaça dentro de uma narrativa; e que Star Wars: Andor estipulou uma atmosfera ameaçadora como poucas vezes se viu no universo da franquia.
É quase de conhecimento geral aquela velha expressão que fala sobre cutucar a onça com vara curta, então, logo entendem que o Império Galáctico não vai aceitar suavemente o roubo planejado pela Aliança Rebelde.
Mas, o que impressiona mais nesta série da Disney+, é aquilo que ainda não vimos, mas sabemos que está prestes a acontecer e quando vier, planeja não deixar pedra sobre pedra.
A construção gradual da narrativa em Star Wars: Andor mostra, mais uma vez, que melhor que usar-se de manobras ilusórias, seria progressivamente elaborar uma história que envolve o assinante sem oferecer demais, para quando o grande clímax vier, todos englobarem-se em maior comoção.