Que Star Wars: Andor deu seus primeiros passos com firmeza e mostrando grandes qualidades já deu para perceber. Agora, o maior desafio seria como manter isso pelo restante da temporada, lembrando que serão 12 capítulos ao todo.
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Não existe uma receita exata para isso, porém, podemos afirmar que o quarto episódio – já disponível na plataforma Disney+ – demonstrou aptidão em saber usar dos mesmos elementos vistos nas três primeiras partes da série, especialmente pelo vibrante terceiro episódio.
As diferenças entre a vilania e uma ameaça
É mais que natural quando alguns lembrem de Star Wars, logo associem com a figura emblemática do vilão Darth Vader, que apresenta uma imponência visual (todo de preto) e sonora (respiração) muito marcantes, que inclui uma música-tema da personagem.
Também é prático afirmar que Lorde Vader é mais do que um vilão. Ele é uma ameaça!
Explicação: geralmente um vilão, pode ser traduzido como algo mais simplista, no caso, um mero antagonista que trabalha ou luta contra as vontades do herói/protagonista.
Agora, uma ameaça impõe desafios que vão além do herói da história, atingindo diretamente a quem assiste. É nisso que Star Wars: Andor está se apoiando e revelando seus atributos: expandir a atmosfera de terror enraizada pelo poder ameaçador do Império por toda a galáxia.
Inspiração técnica
A produção encabeçada por Tony Gilroy encontrou duas maneiras bem explícitas de circular tal ameaça galáctica vista na série da Disney+: elenco talentoso e trilha sonora.
É através do elenco de Star Wars: Andor que mergulhamos facilmente nessa espiral perigosa sobre espiões da Aliança Rebelde que querem destruir o Império e restaurar a República.
Mais precisamente, pelos olhares e expressões faciais, que podemos perceber o quanto aquela missão é de extrema importância, pois se algo sair errado, pode ser o fim de tudo. Não apenas para eles, mas para toda a população que quer se ver livre das correntes e terror da Força Imperial galáctica.
Outra grande força técnica desta série da Disney+ que auxilia (muito) essa climatização carregada, pode ser sentida pela trilha sonora composta por Nicholas Britell (Moonlight: Sob a Luz do Luar; Se a Rua Beale Falasse; Não Olhe Para Cima) – indicado três vezes para o Oscar.
Se Star Wars: Andor continuar firme em seus objetivos narrativos e caprichando na parte técnica, certamente, teremos algo para ser lembrado quando essa história terminar.