Como a telenovela é herdeira direta da radionovela, nos primeiros tempos não apenas havia uma coincidência de estilos e autores como também alguns títulos que agradaram os ouvintes foram revisitados com o acréscimo da imagem.
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Já em 1964 a TV Record produziu duas novelas nessa linha: em versões de Walther Negrão e Roberto Freire, Renúncia (de Oduvaldo Vianna) e Banzo (de Amaral Gurgel) ganharam as telas.
Em 1979, Janete Clair aproveitou elementos de uma radionovela escrita por ela para a Rádio Nacional, Um Estranho na Terra de Ninguém, e criou um dos maiores sucessos da teledramaturgia brasileira: Pai Herói, que nesta segunda-feira (27) entrou para o catálogo do Globoplay.
Não foi a primeira vez. Tal qual o marido Dias Gomes, que transpunha para a TV temáticas e enredos pensados por ele primeiro para o teatro, Janete revisitou outras histórias suas dos tempos do rádio ao criar alguns dos maiores êxitos de ibope na telinha.
Rosa Rebelde (1969) e Véu de Noiva (1969/70) são outros exemplos, inspirados respectivamente nas radionovelas Rosa Malena e Vende-se Um Véu de Noiva. Este original, em 2009, foi adquirido pelo SBT e transposto mais uma vez para o formato telenovela, em versão assinada por Íris Abravanel e que manteve o nome da novela de rádio.
O Direito de Nascer (1964/65, 1978/79 e 2001), de Félix Caignet, Em Busca da Felicidade (1965/66), de Leandro Blanco (versão de Thalma de Oliveira), e Redenção (1966/68), de Raimundo Lopes, são outros exemplos de radionovelas que também fizeram história como telenovelas. Curiosidades da TV fala sobre o assunto aqui no Observatório da TV. Não deixe de ver o vídeo e inscrever-se em nosso canal do YouTube!