“Volta e meia, meia-volta, volver/ Saio de fino pra ninguém perceber/ Essa galinhagem é mais chata que gilete/ Nada mais furado do que papo de tiete…” Os versos de Rita Lee, em gravação da banda Metrô (na voz de Virginie Adele), embalavam a abertura de um dos grandes sucessos da TV Globo às 19h em todos os tempos: Ti-ti-ti, de Cassiano Gabus Mendes.
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Embora de estrutura simples, a novela marcou época com a história do embate entre Ariclenes Almeida (Luís Gustavo) e André Spina (Reginaldo Faria), que vinha da infância. Enquanto o primeiro não dera certo na vida, o segundo é cada vez mais respeitado no mundo da alta-costura, no qual é conhecido como Jacques Leclair.
Valendo-se dos modelos desenvolvidos pela velhinha Cecília (Nathalia Timberg), que ele chama de “Tia” e vive num asilo, Ariclenes adota o pseudônimo Victor Valentim e disputa o mercado da moda com André/Jacques. Ainda, seu filho Luti (Cássio Gabus Mendes) se envolve justamente com Walquíria (Malu Mader), filha de André.
O batom Boka Loka, que deixava os homens cheios de vontade de beijar as mulheres que o usassem, rendeu cenas engraçadas, a exemplo dos bombons de inspiração cigana de Chocolate com Pimenta (2003). A abertura também é lembrada até hoje, com linhas, tesouras e lapiseiras se digladiando, num símbolo da batalha entre André e Ari.
Nos 35 anos da novela, completados em 2020, o TBT da TV do Observatório da TV relembra esse grande sucesso do autor, que fez história com outras novelas no mesmo horário, como Locomotivas, Elas por Elas e Brega & Chique. Confira o vídeo!