Walther Negrão é o convidado de Donos da História deste domingo

Publicado em 26/05/2017

Na semana em que completa 76 anos, Walther Negrão é o convidado de “Donos da História”, destaque na programação do VIVA. Durante a entrevista, que vai ao ar no domingo, dia 28 de maio, às 18h30, o autor recorda momentos importantes da carreira e da vida pessoal, além de se emocionar com os depoimentos de Lima Duarte, Laura Cardoso e Márcio Garcia. “Há muito tempo estou trabalhando com isso, já vi tanta história. Tantas coisas lindas. Menos lindas. Maravilhosas. Mas você é uma das melhores pessoas que conheci”, diz Lima, ao descrever o amigo.

Márcio Garcia também agradece a parceria com o autor, que lhe chamou para integrar o elenco de “Tropicaliente”, estreia do ator em novelas. “De repente, veio um convite. Foi uma surpresa e me marcou muito, não só por ser o primeiro personagem, mas, também, por ser distante do meu universo. Fazia um pescador, praticamente me mudei para Fortaleza. Foi incrível, me rendeu outros muitos e bons personagens. Vou ser sempre grato ao Walther por esse convite, jamais vou esquecer!”. Negrão comenta: “Dos atores que estrearam, tenho essa sorte, tenho mão boa. Muitos atores começaram em novela minha, seguiram carreira e se tornaram brilhantes. E acho que a novela que mais deu isso foi “Tropicaliente”. Ali foi Márcio Garcia (que Paulo Ubiratan me indicou), e lá veio o Márcio! Outro que estreou nessa novela e tem uma carreira, não só como ator, mas como em tudo o que faz, é Selton Mello. Ao lado dele, Carolina Dieckmann.”.

São mais de 50 anos dedicados à arte. Nascido em Avaré, São Paulo, Negrão é jornalista, mas entrou para a televisão como ator, participando de teleteatros dos anos 1950. Em 1958, veio a estreia como autor na TV Tupi, escrevendo para o programa “Grande Teatro Tupi”.

Se tem uma marca em seus trabalhos, são as duplas inseparáveis que saem da ficção e caem no gosto do telespectador. Os mecânicos Shazan (Paulo José) e Xerife (Flávio Migliaccio) sugiram em 1972, na novela “O Primeiro Amor”, uma das produções de maior repercussão de Walther. O sucesso foi estrondoso e deu origem ao seriado “Shazan, Xerife & Cia” (1972). Aos risos, Negrão brinca que foi plagiado por Steven Spielberg no clássico “E.T. – O Extraterrestre”. “Na novela, Shazan e Xerife queriam criar uma bicicleta voadora. E aí vem um cara, um tal de Spielberg, e me copia. Ele botou aquele menininho voando… Eu fiz primeiro, não interessa.”. Outras parcerias de destaque criadas pelo novelista: Ciro (Cláudio Marzo) e Soró (Arnaud Rodrigues), em “Pão-Pão, Beijo-Beijo” (1983); e Pardal (Tony Ramos) e Gibi (Fernando Almeida), em “Livre Para Voar” (1984).

Mergulhado em um passado mais distante, especificamente em 1969, o autor foi contratado pela Globo e contribuiu com Hedy Maia e Sérgio Cardoso na adaptação do romance “A Cabana do Pai Tomás”. No ano seguinte, veio sua primeira novela original na emissora: “A Próxima Atração”. Já em 1973, o autor escreveu a clássica “Cavalo de Aço”. Um ano depois, lançou “SuperManoela”, protagonizada por Marília Pêra e Paulo José. Nos anos 1980, uma lista de produções compõe o currículo dramatúrgico de Walther: “Chega Mais” (1980), “As Três Marias” (1980), “O Amor É Nosso” (1981), “De Quina pra Lua” (1985), “Direito de Amar” (1987), “Fera Radical” (1988) – que estreia 5 de junho no VIVA – e a icônica “Top Model” (1989), em parceria com Antonio Calmon. “Despedida de Solteiro” (1992), “Tropicaliente” (1994), “Anjo de Mim” (1996), “Era uma Vez…” (1998), “Vila Madalena” (1999), “Como uma Onda” (2004), “Desejo Proibido” (2007), “Araguaia” (2010), “Flor do Caribe” (2013) e a recente “Sol Nascente” (2016) completam a longa trajetória de novelas do autor na emissora.

“Tenho muito orgulho das novelas que escrevi”, diz Aguinaldo Silva no Donos da História deste domingo

Em 1991, estreou sua primeira minissérie na Globo: “O Sorriso do Lagarto”. Lançou mais duas, anos depois: “A Madona de Cedro” (1994) e “A Casa das Sete Mulheres” (2003) – com coautoria de Maria Adelaide Amaral. Experiente no que faz, Negrão também passou por emissoras como Record e TV Cultura.

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