O apresentador Manoel Soares, de 44 anos, falou sobre a perseguição que Davi Brito vem enfrentando no Big Brother Brasil 24 e fez um paralelo sobre um momento de sua carreira, sem citar nominalmente a sua passagem recente pelo programa Encontro, da TV Globo. Em seu stories do Instagram, o jornalista enfatizou que muitos internautas pedem para que ele comente a atual edição do reality show, assim como fazia no ano passado durante o matinal de sua ex-emissora.
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“As minhas redes estão sendo bombardeadas por pessoas querendo que eu fale sobre a situação do Davi no Big Brother. E eu tomei uma decisão, desde o começo do Big Brother, de não falar sobre isso porque, como vocês imaginam, essa situação toda relembra alguns acontecimentos recentes da minha vida, em que eu sofri muito”, admitiu o jornalista.
Manoel Soares também apontou que muitas questões sobre Davi estão transcendendo as discussões pautadas pelo programa, e que é necessário a sociedade refletir sobre o seu racismo estrutural.
“Porém, eu acho que tem algumas questões que precisam ser abordadas porque transcenderam a esfera do programa. Nós estamos falando de um homem, jovem, negro, sofrendo psicologicamente um ataque frontal à sua identidade, no qual ele é condenado por ser quem é”, analisou ele.
Na sequência, Manoel Soares relatou já ter passado por essa mesma perseguição, simplesmente por ser julgado por quem ele é. “Ele não tá sendo condenado pelas atitudes, ele tá sendo condenado pelo que é e está sofrendo porque ele não consegue fugir do que ele é. Essa é uma dor muito complicada, eu sei exatamente o que é isso, e vocês imaginam do que eu tô falando”, acrescentou ele.
Ainda em seu desabafo, o ex-parceiro de Patrícia Poeta nas manhãs da Globo relatou que essas perseguições estão presentes no dia a dia, incluindo também no próprio ambiente de trabalho.
“Porque é muito fácil se compadecer por esse sofrimento que nós estamos vendo na tela. Mas será que a gente se compadece quando vê essas pessoas sofrendo do nosso lado, no nosso ambiente de trabalho? Vendo pessoas promovendo um processo de agressão? Será que a gente tem essa mesma sensibilidade?!”, disse Manoel Soares.