Fernanda Torres revelou pela primeira vez o motivo de negar o papel de Odete Roitman no remake de Vale Tudo. Débora Bloch, cuja participação na telenovela foi confirmada no Upfront 2025, em 16 de outubro, ficou com o papel da vilã mais famosa da teledramaturgia brasileira, vivida por Beatriz Segall na versão original de 1988.
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Segundo a Folha de São Paulo, Fernanda e o elenco de Ainda Estou Aqui estão em Los Angeles, defendendo a campanha do filme pelo Oscar 2025. O longa-metragem de Walter Salles vai estrear dia 7 de novembro nos cinemas brasileiros, mas já passou por um extenso circuito de festivais estrangeiros.
Para a consideração da Academia do Oscar 2025, o longa é a seleção oficial do Brasil para Melhor Filme Internacional, mas também pode ser indicado para outras estatuetas. Outras categorias em que o filme pode ser indicado são: Melhor Atriz, Melhor Direção, Melhor Direção de Arte, Figurino e Roteiro Adaptado.
Em entrevista ao jornal O Globo, Fernanda explicou por que rejeitou o papel de Odete Roitman. “Houve o convite lá atrás, mas fui vendo que o filme [‘Ainda Estou Aqui’] estava crescendo. Liguei e disse que não iria dar porque começaria em dezembro. Falaram que talvez desse para segurar até março. Com o resultado de Veneza, a onda cresceu muito. Tudo é muito cansativo e não dava para eu começar um trabalho dessa responsa já cansada“, disse Fernanda.
Ainda Estou Aqui já recebeu o prêmio de Melhor Roteiro Adaptado no Festival Internacional de Cinema de Veneza. A atuação de Fernanda Torres tem sido elogiada pela crítica especializada internacional.
“Ter feito esse filme foi um divisor de águas para mim. Sou uma atriz diferente depois de ter feito Eunice, ter experimentado os sentimentos que experimentei com ela, de voltar a trabalhar com o Walter, de atuar num registro que há muito tempo eu não vinha trabalhando como atriz“, concluiu Fernanda.
No filme sobre a ditadura militar, a atriz interpreta Eunice Paiva, esposa do deputado Rubens Paiva (Selton Mello) que se torna viúva. Depois que Rubens é assassinado, Eunice luta pelo reconhecimento de sua morte contra um estado autoritário que insiste em declarar que ele desapareceu.
Ainda Estou Aqui é baseado no livro homônimo do escritor Marcelo Rubens Paiva. Seu livro mais famoso, Feliz Ano Velho, além de ter sido o best-seller da década de 1980, foi agraciado com o prestigioso prêmio de literatura Jabuti.