Há alguns meses, a atriz Larissa Manoela concedeu uma entrevista ao Fantástico, na TV Globo, contando como os pais controlavam as finanças e os seus rendimentos (conforme a artista, ela precisava pedir dinheiro para comprar água de coco na praia, por exemplo).
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A revelação causou debates no Brasil e levantou um tópico importante sobre a educação financeira e como inseri-la no cotidiano de crianças e adolescentes. Mas como levar o tema ao encontro de famílias ricas? Como abordar a questão de maneira simples e inteligente?
De acordo com a educadora financeira e professora de matemática Luciana Bassanesi, especialista gestionada pelo Grupo CALONE®, os pais devem mostrar aos filhos que mesmo com recursos, é necessário definir metas financeiras.
Ela explica que o exemplo dado em casa, como ensinar valores sólidos e responsabilidade, tem o poder de educar, pois planejar o orçamento é algo valioso. “Não significa que você, pai, tem educação financeira, tem posses, tem riqueza, e seu filho também terá. Isso não é uma segurança. Você não pode cobrar que ele saiba administrar se você não o ensinou antes”, alerta.
Para Bassanesi, educar financeiramente é um ato de amor oferecido pelos pais aos filhos, porque pode mostrá-los como a gestão é feita para se chegar ao capital e ao patrimônio conquistado. Ela comenta que habilidades podem ser desenvolvidas para cultivar uma mentalidade responsável com as finanças. A especialista ainda afirma que além de preparar as crianças para enfrentar o mundo financeiro, com informações e confiança nas tomadas de decisões, a educação financeira tem o objetivo de evitar armadilhas. Luciana também ressalta que entregar tudo pronto ao filho pode acarretar consequências perigosas, citando o exemplo da bicicleta. Ela analisa que quando os pais ensinam os filhos a pedalarem, isso traz equilíbrio, a possibilidade de locomoção e autonomia. A educadora financeira acredita que essa lição acontece do mesmo jeito com o dinheiro.
Segundo Bassanesi, torna-se fundamental os pais desmistificarem a ideia de que a educação financeira, para crianças e adolescentes ricos, é sobre privá-los ou restringi-los de alguma coisa. Ela comenta que o ponto principal é tomar decisões financeiras assertivas, além de utilizar ao máximo os recursos disponíveis.
“O conhecimento financeiro ajuda a maximizar o valor desses recursos. Investir parte de sua riqueza pode, com certeza, multiplicar-se ao longo do tempo, criando um futuro mais seguro, mais próspero. Não adianta você disponibilizar para seu filho muito dinheiro se você não ensiná-lo o que fazer, por que fazer e para que fazer”, destaca.
*Conteúdo produzido e enviado por Emily Silva