
O Caminhos da Reportagem inédito que a TV Brasil exibe nesta segunda-feira (21), às 23h, celebra os 65 anos de Brasília com um programa especial que revisita a história da capital federal. A produção resgata conteúdos sobre a cidade, exibidos pela emissora ao longo dos anos, e reconta a história de Brasília com seu urbanismo inovador, arquitetura futurista e identidade cultural própria.
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O episódio aborda o sonho visionário do então presidente Juscelino Kubitschek, que via na construção da nova capital não apenas o cumprimento de uma promessa de campanha, mas a materialização do progresso.
Lúcio Costa deu forma à cidade em formato de avião, integrada à natureza. Oscar Niemeyer assinou monumentos icônicos como o Congresso Nacional, a Catedral e o Palácio da Alvorada, enquanto os azulejos de Athos Bulcão trouxeram cor, movimento e identidade visual à cidade, transformando Brasília em uma verdadeira obra de arte a céu aberto. Mais que um centro político, Brasília se consolidou como um manifesto da criatividade brasileira.
Entre os destaques do programa está o documentário Paranoá: Espelho do Céu, produzido e exibido pela TV Brasil em 2015, que narra a criação do Lago Paranoá — uma promessa antiga que já constava nos projetos da nova capital.
“Quando fizeram o concurso público para o plano piloto da nova capital do Brasil, o lago já estava desenhado”, explicou Frederico Flósculo na produção. O documentário conta como foi o processo de construção da barragem e do lago, que é artificial e tem 40 quilômetros de extensão.
A trajetória cultural da cidade também ganha espaço no episódio, com a história da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro. Fundada em 1979 pelo maestro que lhe dá nome, a orquestra foi um presente para Brasília e um marco no cenário musical brasileiro.
O Caminhos da Reportagem resgata, ainda, um episódio exibido em 2024, que conta como foram os primeiros anos da orquestra. O programa relembra momentos históricos com depoimentos como o da violinista Clinaura Macêdo, que rememora a vinda de grandes nomes como Jacques Klein, Nelson Freire e Jean-Pierre Rampal para apresentações na capital.
Entre os grandes nomes que participaram da concretização de Brasília está também o legado de Athos Bulcão. Conhecido pelos painéis de azulejos geométricos que dialogam com a arquitetura modernista de Niemeyer, o artista deixou sua marca em diversos edifícios da cidade, incluindo a Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima erguida a pedido de dona Sarah Kubitschek.
Outro nome celebrado na reportagem é o de Burle Marx, responsável pelo paisagismo de diversos espaços da capital. Convidado por Niemeyer e Lúcio Costa, ele foi responsável pelo paisagismo de diversos espaços icônicos da capital. Seus jardins, caracterizados pelo uso de vegetação nativa do Cerrado, têm curvas orgânicas e contrastes de cores e texturas, trazendo o paisagismo como elemento da experiência humana.