A atriz Cinnara Leal falou pela primeira vez à imprensa a respeito dos casos de racismo que sofreu, junto a outros atores e atrizes negras, nos bastidores da novela global Nos Tempos do Imperador. Ela, Roberta Rodrigues e Dani Ornellas são autoras de uma denúncia contra o diretor Vinícius Coimbra.
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“O acolhimento do público que a gente teve foi impressionante, necessário e importante. Silenciar não é mais opção. A gente não pode se permitir passar por violência, crimes e naturalizar isso. Qualquer tipo de violência é crime, não pode naturalizar“, considerou Cinnara, em depoimento à revista Quem.
“É o momento em que a gente precisa se unir para ter mais força, mais voz, e entender que nossos corpos precisam estar vivos e em pé, não no chão e sem vida. É comum a gente naturalizar perdas diárias de pessoas pretas por causa do racismo que é estrutural, então a gente precisa falar isso“, frisou a atriz.
Por questões judiciais, Cinnara não pôde dar mais detalhes do assunto. “Eu não posso falar sobre esse assunto legalmente, e emocionalmente não me sinto preparada para falar. Mas espero que a gente tenha um final digno de um Brasil em transformação, de um povo saindo de um lugar de invisibilidade.“
Em Nos Tempos do Imperador, Cinnara Leal deu vida a Justina, assistente pessoal da Condessa de Barral (Mariana Ximenes). Em virtude da denúncia das atrizes, Vinícius Coimbra foi demitido pela Globo e substituído por Allan Fiterman na direção artística de Mar do Sertão, próxima novela das 18h.