A nova temporada de Sob Pressão estreia com cenas cheias de adrenalinas na próxima quinta-feira (02), na tela da Globo. Um episódio que promete tirar o fôlego dos telespectadores é o de número 10. Nele, um chefe da milícia ferido invade o Hospital São Tomé Apóstolo no momento de um mutirão de atendimento.
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Filmado inteiro em plano sequência com apenas dois breaks, o capítulo foi um grande desafio para a equipe da série. “Tudo tinha que acontecer em tempo linear. Ele foi escrito para acontecer em três planos sequências com dois breaks. Filmamos cada um de forma espaçada. Cada plano foi rodado após muito ensaio”, conta o diretor artístico Andrucha Waddington.
Para conseguir registrar toda tensão que a cena precisava ter, Andrucha contou com a parceria de Julio Andrade, que interpreta o médico Evandro. “Ele dirigiu de dentro da cena e eu, de fora. Foi uma dobradinha superbacana. O Julio é muito talentoso como diretor também. O convite foi feito ainda na segunda temporada e foi acontecendo naturalmente. Quando ele não estava gravando, tinha muita curiosidade, estava sempre interessado em ver e acompanhar. Então, fizemos o convite e ele ficou muito feliz”, explica.
Mais cenas eletrizantes
Além do plano sequência, terão histórias pontuais ao longo do terceiro ano de Sob Pressão, como: a de um homem que passa mal ao saltar de paraquedas; e um deslizamento de terra estão entre as mais trabalhosas e grandiosas em termos de produção.
Na primeira, um paraquedista profissional leva a irmã para sua primeira experiência no ar. Apesar do desconforto inicial, ela se entrega à aventura, mas percebe algo estranho quando o voo se inicia. O rapaz desmaia. Porém, ainda em queda livre, recobra a consciência e consegue acionar seu paraquedas, o que não evita que fique ferido com a queda.
Para a filmagem dessas cenas, cerca de 30 pessoas da equipe estiveram envolvidas. Ao todo, foram realizados seis voos de helicóptero e quatro saltos, todos praticados por profissionais.
“Além dos atores que dão vida aos personagens, um terceiro paraquedista acompanhou o salto para captar imagens. Utilizamos cinco câmeras, sendo três posicionadas nos capacetes dos saltadores e outras duas na aeronave – uma no trem de pouso, enquadrando os saltadores olhando para baixo, e outra na parte superior da porta, captando o início do salto pelas costas dos paraquedistas”, explica o diretor.
Em outro episódio, dezenas de pessoas de um acampamento improvisado lotam os corredores do São Tomé vítimas de um deslizamento. Machucados, eles estão espalhados pelo hospital, que mobiliza toda a equipe médica para o atendimento aos feridos.
Nesta filmagem, foram utilizados 120 quilos de argila diluídos em água e espalhados por todo o set. “As “vítimas” da tragédia, um total de 60 figurantes, foram maquiadas com o mesmo material, e todos os figurinos foram molhados constantemente durante as gravações”, continua o diretor artístico.
Em entrevista cedida pela Globo, Andrucha Waddington analisou a trajetória da trama, considerando fatores técnicos, e o entrosamento da equipe.
Confira a seguir:
O que o público pode esperar da terceira temporada de ‘Sob Pressão’?
“A segunda temporada termina com o hospital fechando e, nesta, começamos a trama com Carolina e Evandro trabalhando no Samu. Por um evento que acontece no primeiro episódio, eles acabam no local onde Décio está trabalhando, um hospital que está com centro cirúrgico e emergência desativados. E então eles, que estavam saudosos da rotina que tinham no Macedão, se reúnem para reativar as unidades e colocar de pé um hospital que estava trabalhando com 20% da sua capacidade. Nossa “Liga da Justiça” se junta novamente para levantar esse novo hospital. Além de Carolina, Evandro e Décio, personagens de Marjorie Estiano, Julio Andrade e Bruno Garcia, a terceira temporada conta com os personagens fixos Charles, que não é mais residente e é interpretado por Pablo Sanábio; a infectologista Vera, um personagem novo vivido por Drica Moraes, uma grande novidade na temporada; o anestesista Gustavo, interpretado por Marcelo Batista e as enfermeiras Simone, personagem de Jana Guinond e Keiko, vivida por Julia Shimura, que já compunha a temporada anterior. Esse é o elenco fixo que vai levar a temporada até o final”.
Como você analisa a trajetória de Sob Pressão ao longo das três temporadas, considerando fatores técnicos como o set de filmagem; as externas que aumentaram na segunda temporada e a mudança de cenário na terceira?
“Tivemos uma preocupação de manter o código de cor para não mudar tanto, mas os hospitais são muito parecidos. Já os casos que acontecem fora do hospital ganharam corpo ao longo das temporadas e mais ainda agora com a terceira. Temos um conhecimento cada vez mais profundo de quem são essas pessoas e os casos que chegam à emergência de ‘Sob Pressão’, o que deixa o trabalho mais harmônico e prazeroso”.
O episódio 10 é um plano sequência com apenas dois breaks. Como foi gravar esse episódio e ter a parceria do Julio Andrade na direção?
“Esse foi o grande desafio da temporada, pois tudo tinha que acontecer em tempo linear, ele inteiro se passa assim. O episódio foi escrito para serem três planos sequências com dois breaks. Filmamos cada um de forma espaçada. Ensaiamos o primeiro plano algumas vezes e depois rodamos. Paramos por alguns dias e rodamos o segundo bloco, após muito ensaio. Já o terceiro bloco foi escrito para caber dentro do que conseguimos nos primeiros blocos. O Lucas e a equipe de roteiristas trabalharam em cima do que já estava escrito para adaptar levando em conta o que já tinha sido gravado.
O Julio dirigiu esse episódio junto comigo, ele de dentro da cena e eu, de fora. Foi uma dobradinha superbacana, O Julio é muito talentoso como diretor também. O convite foi feito ainda na segunda temporada e foi acontecendo naturalmente. Quando ele não estava gravando, tinha muita curiosidade, estava sempre interessado em ver e acompanhar. Então fizemos o convite e ele ficou muito feliz”.
Além do Julio Andrade, Rebeca Diniz e o seu filho, Pedro Waddington, também dirigiram algumas cenas da terceira temporada. Como foi trabalhar com eles na direção?
“Foi fantástico. São dois perfis muito complementares. Os dois entregaram muito bem os seus episódios, além do Julinho, que foi um espetáculo, e da Mini Kerti, que é minha parceira de sempre. Eu e Rebeca fizemos um episódio juntos e outro ela dirigiu sozinha. Pedro comandou os episódios 5 e 12 e dividiu o último da temporada comigo. Já o Julio dirigiu sozinho o episódio 9 e dividiu o plano sequência comigo”.
Sobre as participações, como nas outras temporadas, temos muitos nomes, como Joana Fomm, Perfeito Furtuna, Ana Flavia Cavalcanti, Drica Moraes, entre tantos outros. Como foi gravar com esses nomes?
“São três anos trabalhando juntos, e viramos uma família. Tinha um lado colaborativo entre equipe e elenco durante a filmagem que é perceptível na tela. Foram mais de 100 participações nesta temporada. Como a gente tinha um elenco muito afinado, as pessoas sempre foram muito bem acolhidas quando chegavam para gravar e isso também contribui para o alto nível das participações especiais”.