O autor desta coluna tem observado uma movimentação inusitada em seu perfil no Twitter (atual X). Nos últimos dias, centenas de perfis compartiharam um vídeo publicado na madrugada de 11 de outubro de 2018 com o “piti” de Richard Rasmussen após o show de Roger Waters no Allianz Parque, em São Paulo.
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Biólogo e apresentador, coleciona passagens por Record, SBT e Band. Virou meme ao fugir de uma pororoca (encontro do rio com o mar). Acumula multas por denúncias de crimes ambientais e, com este currículo, foi nomeado “embaixador do turismo” do governo de Jair Bolsonaro.
Na noite de 10 de outubro de 2018, Rasmussen era apenas um fã de Pink Floyd querendo curtir suas músicas favoritas ao vivo na voz do líder da banda de rock. O que o apresentador não esperava era ouvir… política!
Rasmussen publicou uma sequência de stories revoltado com a iniciativa de Waters de criticar o então candidato à Presidência Jair Bolsonaro, incluindo-o na lista de fascistas, mas não quis revelar seu candidato (Bolsonaro e Fernando Haddad disputavam o segundo turno). Em quem será que ele votou?
Waters protestou contra o presidenciável de extrema-direita durante a música Pigs. Provavelmente, faltou ao amante da causa animal perceber que a canção não fala de porcos, mas de extremistas políticos e ditadores (como os que Bolsonaro apoia). Seguidores estranharam o comportamento do suposto fã de Pink Floyd surpreso com o teor político das músicas e ensinaram, por exemplo, que o álbum The Wall não é sobre pedreiros.
Cinco anos depois, Roger Waters voltou ao Brasil para cantar e encontrar o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. Fãs do músico britânico provocaram Rasmussen em suas redes sociais, relembrando o “piti” de 2018. Reveja: