Além de consagrado como um dos maiores cantores do Brasil, Agnaldo Rayol estreou quase simultaneamente como ator, função que nunca abandonou ao longo da carreira, embora tenha sido ofuscada pelo lado musical.
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O artista carioca, faleceu aos 86 anos. Começou sua trajetória aos oito anos cantando na icônica Rádio Nacional do Rio de Janeiro e, aos 10, já estreava nas telas de cinema em Também Somos Irmãos. Seguiu atuando na telona em Agnaldo, Perigo à Vista e A Moreninha, acumulando um total de 14 filmes.
Astro de Novelas
Nos anos 60 e 70, como contratado exclusivo das TVs Excelsior e Record, foi emprestado ao setor de dramaturgia, onde estrelou as telenovelas Mãe (1964), O Caminho das Estrelas (1965) e A Última Testemunha (1968) na primeira emissora, seguindo a carreira na segunda com: A Última Testemunha, As Pupilas do Senhor Reitor, Os Deuses Estão Mortos e Sol Amarelo. Ainda na década de 70, atuou em Don Camilo e os Cabeludos e Como Salvar meu Casamento, última produção da extinta TV Tupi.
Com o encerramento das atividades da TV pioneira, Rayol levou seu talento como ator à Band onde participou das produções A Deusa Vencida, Dulcinéia vai à Guerra e Os Imigrantes, de Benedito Ruy Barbosa – um dos clássicos da TV brasileira.
Trilhas Sonoras
Sua contribuição para a televisão não se limitou à atuação. Ele interpretou canções memoráveis que integraram trilhas sonoras de novelas, destacando-se “Mia Gioconda“, da novela O Rei do Gado (1996), “Tormento d’Amore“, tema de abertura de Terra Nostra (1999), gravada em Londres em dueto com a soprano Charlotte Church.
Apresentador
A carreira como apresentador teve início na Record, com programas como Agnaldo e as Garotas, Agnaldo Rayol Show, Corte Rayol Show, São Paulo – Meu Amor e Cancioníssima. Nos anos 70, apresentou Domingo é Dia de Show na TV Tupi. No começo da década de 80, comandou o programa Festa Baile por oito anos, substituindo Francisco Petrônio, que havia migrado para a Record.