Já faz tempo que Leônidas Ferraz (Reginaldo Faria) colocara na cabeça a ideia de reconhecer Leo (Murilo Benício), clone de Lucas (também Murilo Benício), como seu filho legítimo, em O Clone. Desde que vira o rapaz e ficou chocado com sua semelhança com seus filhos gêmeos.
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No entanto, o milionário escolhera Tavinho (Victor Fasano) para representá-lo na batalha judicial contra Deusa (Adriana Lessa), ao invés de optar por Lobato (Osmar Prado), bem mais experiente e, por que não dizer, competente do que o marido de Lidiane (Beth Goulart). Tanto assim que Tavinho tem pedido ajuda a Lobato todo o tempo.
Mas Lucas confiara no talento de Lobato, a despeito de seu histórico de problemas com álcool e drogas, e delegara a ele a tarefa de representá-lo, na tentativa de barrar a ação do pai para tornar Leo tão seu filho quanto Lucas e Diogo (também Murilo Benício) aos olhos da lei.
Em sua argumentação, Lobato declara que Albieri (Juca de Oliveira), geneticista responsável pela experiência que deu origem ao clone, ou seja, a Leo, é que deve ser apontado como pai do jovem, não Leônidas. É fato que os genes de ambos coincidem, mas como dizer que Leônidas é o pai de Leo e sua esposa, Celina, falecida antes mesmo do nascimento do rapaz, é a mãe?
Conjugados fatores como a lei, a ética, o histórico de vida de Leo e da mãe, Deusa, e as circunstâncias que envolvem o nascimento e a criação do clone de Lucas, Lobato levanta um ponto que é ignorado por quem considera apenas o fato de Lucas ter sido “copiado”, e sua lucidez surpreende Leônidas.
Esta segunda reprise de O Clone no Vale a Pena Ver de Novo deve chegar ao fim no dia 20 de maio, após uma dobradinha de uma semana com A Favorita, de João Emanuel Carneiro, cuja estreia na sessão está marcada para o dia 16.