Top 15

Saiba quais são as novelas mais vistas do Globoplay desde o começo do Projeto Resgate

Somente duas obras entre as campeãs nos quatro anos da iniciativa são dos anos 1980

Publicado em 22/07/2024

Neste domingo (21), uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo trouxe a público uma lista obtida pelo veículo junto ao Globoplay, com as 15 novelas mais assistidas na plataforma entre as que integram o Projeto Resgate, em vigor desde maio de 2020.

Com A Favorita (2008), de João Emanuel Carneiro, e Tieta (1989-1990), de Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares, da obra de Jorge Amado, o streaming da Globo passou a oferecer produções do acervo da casa, a cada duas semanas, entre novelas, séries e minisséries.

Confira abaixo a lista das 15 novelas mais assistidas em quatro anos de Projeto Resgate, conforme o ranking divulgado pelo Estadão:

  • Chocolate com Pimenta (2003-2004) – mesmo já exibida quatro vezes pela TV Globo nesses 20 anos, mais uma pelo VIVA, a novela de Walcyr Carrasco segue muito vista no streaming; segundo o Globoplay o crescimento do consumo do romance de Ana Francisca (Mariana Ximenes) e Danilo (Murilo Benício) na pequena Ventura foi de 25% no primeiro semestre de 2024, em relação ao segundo semestre de 2023, já com a novela fora da Edição Especial;
  • Mulheres de Areia (1993) – esse remake da obra de Ivani Ribeiro já foi ao ar na TV em cinco ocasiões, e isso levando em conta apenas a versão em questão, da Globo; mas o triângulo formado pelas gêmeas Ruth e Raquel (Glória Pires) com Marcos (Guilherme Fontes) segue encantando o público;
  • Mulheres Apaixonadas (2003) – das 15 novelas mais assistidas em quatro anos de Resgate, três são de Manoel Carlos, e esta é a mais bem colocada por ora. Os muitos dramas nas vidas de variadas mulheres, com alcoolismo, amor com diferença de idade, câncer, amor obsessivo, romance entre primos e violência contra a mulher e contra idosos agradam o espectador há 21 anos, e na TV já foram quatro exibições;
  • O Clone (2001-2002) – nesta segunda-feira (22) a novela de Glória Perez entrou no Globoplay como parte de outro projeto, o Originalidade, que reposta conteúdos com todos os detalhes originais, como vinhetas e conteúdo de cada bloco, além da definição original de tela. O que só deve atrair mais público para o difícil amor de Jade (Giovanna Antonelli) e Lucas (Murilo Benício), que resiste aos obstáculos e ao dilema ético e científico do geneticista Albieri (Juca de Oliveira), que clona Lucas. Em 23 anos, quatro exibições na TV;
  • Tieta – muito mais do que um romance incestuoso entre tia e sobrinho, a história criada por Jorge Amado e ricamente recriada na TV (com apenas três exibições em 35 anos) compõe com tipos inesquecíveis o painel da pequena Santana do Agreste, cidade nordestina repleta de hipocrisia, preconceitos e ambição, que Tieta (Betty Faria) revoluciona com sua volta, 20 anos depois de expulsa pelo pai, Zé Esteves (Sebastião Vasconcelos);
  • América (2005) – sucesso de ibope depois de um começo tumultuado, a história do peão Tião (Murilo Benício) e da imigrante ilegal Sol (Deborah Secco), que deseja vencer nos Estados Unidos para ajudar a família, tem boa aceitação no streaming desde quando inserida no catálogo, em a primeira reprise da novela foi encerrada neste sábado (20) pelo Canal VIVA;
  • Laços de Família (2000-2001) – já levada ao ar na TV em quatro ocasiões, a história do triângulo amoroso maduro de Helena (Vera Fischer), Pedro (José Mayer) e Miguel (Tony Ramos) e a luta de Camila (Carolina Dieckmann) contra a leucemia, depois da mãe abrir mão do amor de Edu (Reynaldo Gianecchini) em seu favor, segue atraindo a audiência;
  • A Viagem (1994); nesses 30 anos, o remake da novela de Ivani Ribeiro (originalmente escrita para a TV Tupi em 1975-1976) já foi exibido, entre Globo e VIVA, em cinco ocasiões, sendo que a sexta exibição está atualmente em curso, com a desculpa de celebrar as três décadas da produção. A obsessão de Alexandre (Guilherme Fontes) por vingança, que o leva a interferir negativamente nas vidas de Otávio (Antonio Fagundes), Téo (Maurício Mattar) e Raul (Miguel Falabella), conduz uma história que cativa o público há quase 50 anos;
  • Renascer (1993) – em vez de espantar, a realização de uma nova versão da novela de Benedito Ruy Barbosa atraiu mais público para a primeira, presente no catálogo do Globoplay desde outubro de 2021. Nas plantações de cacau da Bahia, fazendeiro José Inocêncio (Antonio Fagundes) tem uma péssima relação com o filho caçula, João Pedro (Marcos Palmeira), que acusa de ter causado a morte da mãe. A presença da vingativa Mariana (Adriana Esteves), que desperta o interesse de ambos, acirra esse conflito. Em sua versão original, Renascer foi ao ar até aqui em três ocasiões;
  • Alma Gêmea (2005-2006) – a trágica morte de Luna (Liliana Castro) marca Rafael (Eduardo Moscovis), que 20 anos depois vê na índia Serena (Priscila Fantin) a volta da mulher amada, reencarnada, e enfrenta a presença maligna de Cristina (Flávia Alessandra) e Débora (Ana Lúcia Torre), prima e tia da morta. Atual cartaz do Vale a Pena Ver de Novo, com isso chega a quatro exibições na TV;
  • Páginas da Vida (2006-2007) – a médica Helena (Regina Duarte) luta contra todos pelo bem-estar da filha Clara (Joana Mocarzel), que tem síndrome de Down e foi rejeitada pela avó, Marta (Lília Cabral), após a morte da mãe, Nanda (Fernanda Vasconcellos). Junto a esse mote, os muitos problemas da enorme família de Tide (Tarcísio Meira) e Lalinha (Glória Menezes). Nesses 18 anos, apenas duas exibições por ora, mas é a 11ª obra mais assistida no Globoplay dentre as que integram o Resgate;
  • Cabocla (2004) – também produzida pela TV Globo, uma versão de 1979 da mesma história de Benedito Ruy Barbosa, da obra de Ribeiro Couto, ainda não consta da plataforma. Zuca (Vanessa Giácomo) e Luís Jerônimo (Daniel de Oliveira) se apaixonam quando o rapaz vai passar uma temporada no interior capixaba para cuidar da saúde, e seu amor mais o de Belinha (Regiane Alves) e Neco (Danton Mello) se dão em meio aos problemas políticos da região. No fim de agosto, após os Jogos Olímpicos de Paris, Cabocla substitui Cheias de Charme na vespertina Edição Especial, o que deve impulsionar ainda mais seu desempenho no streaming;
  • Duas Caras (2007-2008) – nunca reprisada até agora, a novela é centrada no empresário mau-caráter Marconi Ferraço (Dalton Vigh), que inicia sua fortuna depois de dar um golpe em Maria Paula (Marjorie Estiano), e no miliciano Juvenal Antena (Antonio Fagundes), que lidera com autoridade a comunidade da Portelinha. A ideia de Aguinaldo Silva era mostrar que todos temos dois lados, duas caras, e não absolutamente bons ou maus;
  • Paraíso Tropical (2007) – antecessora de Duas Caras no horário nobre da TV Globo, esta história de Gilberto Braga e Ricardo Linhares centra sua trama em duas irmãs gêmeas, Paula e Taís (Alessandra Negrini), respectivamente mocinha e vilã, e na disputa de Olavo (Wagner Moura) pelo controle da empresa do “tio” Antenor (Tony Ramos), que está entre ele e Daniel (Fábio Assunção), paixão de Taís e quase um filho para o empresário;
  • Vale Tudo (1988) – curiosamente, aquela que para muitos vem sendo considerada a melhor das novelas brasileiras só foi exibida quatro vezes em 36 anos, e agora deve ser refeita pela TV Globo nas celebrações de suas seis décadas de atividade. Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères desenvolveram o contraponto de caráter entre os diversos personagens da história, num Brasil no qual vale tudo para se dar bem. A honestíssima Raquel (Regina Duarte) é mãe da ambiciosa Maria de Fátima (Glória Pires), que acaba nora da megera Odete Roitman (Beatriz Segall), dona da empresa de aviação TCA. Enquanto Fátima passa todos para trás para subir na vida, Raquel ascende vendendo comida, e ganha o ódio de Odete.

“Esse já era um projeto antigo, mas que a pandemia acabou acelerando um pouco o início”, comenta Flávio Furtado, gerente de Programação do Globoplay. Do total do consumo do gênero novela na plataforma, 25% correspondem às obras do Resgate.

“A gente olhava para o acervo da Globo e sabia dessa riqueza, de como ele foi importante para a construção da dramaturgia nacional. [A gente sabia] Que isso tinha uma demanda de público, de fãs de novela, sejam os que tiveram oportunidade de ver [quando foram exibidas] ou que só conheciam de literatura, pequenos pedaços, uma cena ou outra disponível. Vemos isso tanto como um valor pra memória da da teledramaturgia, mas também um valor para o próprio usuário assinante do Globoplay“, afirma Flávio.

“A ideia é trazer tudo que já foi exibido pela Globo e que tiver completo no nosso acervo de novelas”, complementa o diretor da plataforma. Cabe lembrar que nem tudo pode ser resgatado, seja por problemas técnicos, de direitos ou por não ter sido conservado no decorrer do tempo.

“Essa iniciativa envolve diversas áreas do ecossistema de mídia da Globo, incluindo times de Pesquisa, Tecnologia, Criação, Comunicação, Marketing, Memória Globo e Acervo, num longo e complexo trabalho de pesquisa e recuperação de mídias, refletindo a cultura colaborativa da empresa e reforçando o compromisso do Globoplay com a memória e valorização do audiovisual brasileiro”, declara Flávio.