
Nesta segunda-feira (20), o Globoplay incorporou a seu catálogo a novela Livre para Voar, de Walther Negrão, dentro do Projeto Resgate, que a cada duas semanas oferece uma nova produção do gênero ao assinantes da plataforma.
Veja também:
Cartaz da faixa das 18h entre setembro de 1984 e abril de 1985, Livre para Voar tem como protagonistas Tony Ramos e Carla Camurati nos papéis de Pardal e Bebel. Eles se apaixonam, mas o fato de ambos esconderem sua verdadeira origem e o que os leva a isto provoca grandes conflitos.
Infelizmente, nestes quase 40 anos decorridos do lançamento da novela alguns integrantes de seu elenco já faleceram. É o caso, por exemplo, de Elias Gleizer, que deu vida ao maquinista de trem Pedrão, que se torna amigo de Pardal.

Parceiro frequente de Walther Negrão desde os tempos da TV Tupi, artista faleceu em 2015, aos 81 anos, vítima de falência circulatória e broncopneumonia. Nino, o Italianinho, O Machão, Xeque-mate, O Julgamento, Fera Radical, Tieta, Despedida de Solteiro, Sonho Meu, Anjo de Mim, As Filhas da Mãe, Como Uma Onda, Caminho das Índias, Passione e Flor do Caribe foram alguns de seus muitos trabalhos.

Intérprete do vilão Danilo, Carlos Augusto Strazzer morreu aos 47 anos, em 1993, em decorrência de complicações motivadas pelo HIV. Entre muitos papéis na TV, destacam-se os que Strazzer viveu em Vitória Bonelli, Éramos Seis, O Profeta, O Direito de Nascer, Jogo da Vida, Champagne, Mandala e Que Rei Sou Eu?.

Quando Strazzer foi Albertinho Limonta em O Direito de Nascer, na versão de 1978-1979 da TV Tupi, Cléa Simões foi sua querida Mamãe Dolores. Também presente em Eu Compro Essa Mulher, Uma Rosa Com Amor, Senhora, Meu Destino É Pecar, Deus nos Acuda, Fera Ferida e Laços de Família, em Livre para Voar a atriz viveu Cema, empregada da casa de Bebel que a viu crescer.

Em 2022, a atriz Suzana Faini, que era portadora do mal de Parkinson, faleceu aos 89 anos. Seu papel em Livre para Voar é o de Marta, mulher conservadora, infeliz no casamento com o alcoólatra Álvaro (Edney Giovenazzi). Irmãos Coragem (em ambas as versões), Selva de Pedra (idem), Direito de Amar, Top Model, A Favorita, Escrito nas Estrelas e Espelho da Vida foram alguns de seus trabalhos de destaque.

Fernando Almeida marcou os espectadores de Livre para Voar na pele do esperto Gibi, garoto que foge de um orfanato, cansado de esperar que o adotem, e parte ele mesmo em busca de um novo pai. Pardal e ele formam uma dupla inseparável quando se conhecem. Vale Tudo e Olho no Olho foram outros projetos com o ator, que faleceu aos 29 anos, assassinado à saída de um baile funk no Rio de Janeiro.

Atriz dos tempos do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) em São Paulo, Elizabeth Henreid fez uma de suas poucas incursões na TV como a Dona Xida de Livre para Voar – outra delas foi em Os Ossos do Barão (1997), no SBT.
Sua personagem era mãe do mimado Danilo e de Bia (Nívea Maria), e lembrava com saudade os tempos de folga financeira. Depois de sofrer quatro paradas cardíacas em poucos meses, mais as complicações do mal de Alzheimer, a atriz morreu em 2006, aos 78 anos.

Integrante do elenco de novelas nas TVs Tupi, Bandeirantes, SBT, Manchete e Globo, o ator Abrahão Farc viveu em Livre para Voar o personagem Lau, sócio da fábrica de cristais na qual Bebel (Carla Camurati) se infiltra como “moça do cafezinho” para conhecer os segredos dos funcionários.
Camomila e Bem-me-quer, Mulheres de Areia, Ídolo de Pano, A Viagem, O Profeta, Gaivotas, Os Imigrantes, Dona Beija, Marisol e Sete Pecados foram alguns de seus trabalhos, até seu falecimento em 2012, aos 75 anos. O artista teve um tumor no intestino e pneumonia, o que levou a um quadro de falência múltipla de órgãos.

Em Livre para Voar, Rodolfo Bottino viveu Jajá, filho de Pedrão e dono de um bar. Aos 52 anos, em 2011, o ator sofreu uma embolia pulmonar ao submeter-se a um procedimento médico. Rodolfo participou de sucessos dos anos 1980 como Anos Dourados, Roda de Fogo e Bebê a Bordo.
O ator Beto Sutter, que viveu o personagem Caniço, funcionário do bar de Jajá, morreu em 2019, aos 54 anos, vítima de infarto. Outro funcionário, Tio, era vivido por Tony Vermont, que também esteve em novelas como Voltei pra Você e Vereda Tropical. O ator faleceu em 2002, aos 55 anos, e a causa não foi revelada.

João Carlos Barroso participou de verdadeiros clássicos da teledramaturgia brasileira: O Bem-amado, Os Ossos do Barão, Pecado Capital, Estúpido Cupido, Locomotivas, Marron Glacé, Roque Santeiro (as duas versões), Direito de Amar e Mulheres de Areia estão na lista. O ator, que em Livre para Voar foi Alvinho, filho de Álvaro e Marta, morreu em 2019, aos 69 anos, vítima de um câncer de pâncreas.

Oswaldo Campozana participou de produções de emissoras paulistas como Tupi, Bandeirantes e SBT nos anos 1970, 1980 e 1990. Algumas delas foram A Viagem, Cavalo Amarelo e Pérola Negra. Seu papel em Livre para Voar foi o de Eurico, funcionário de confiança de Bebel e sabedor de seu segredo. O artista morreu em 2006, aos 70 anos. A causa não divulgada.
Jorge Cherques viveu na novela o papel de Max, homem que perseguia Pardal com uma falsa acusação. Presente também em O Homem que Deve Morrer, Fogo Sobre Terra, Gabriela, Espelho Mágico, Paraíso e outras novelas, o ator morreu em 2011, aos 82 anos, de falência múltipla de órgãos.

Jorge Dória fez uma participação especial em Livre para Voar como J. J., dono da fábrica de cristais e pai da mocinha Bebel. O artista, presente em produções como A Grande Família, O Pulo do Gato, Aritana, Cavalo Amarelo, Champagne, Que Rei Sou Eu?, Meu Bem, Meu Mal e Zazá, nos deixou em 2013, aos 92 anos, depois de um quadro de pneumonia, complicações respiratórias e renais. Na ocasião, Jorge Dória estava afastado da atividade artística devido a sequelas de um AVC.