Luís Carlos Arutin faleceu em 8 de janeiro de 1996, aos 62 anos, após inalar fumaça oriunda de um incêndio em seu apartamento, no bairro carioca de Jacarepaguá. Na ocasião, o ator podia ser visto na reprise de Renascer (1993) no Vale a Pena Ver de Novo, no papel de Rachid, que sempre repetia que não era turco, mas sim libanês, e caiu de amores pela sofrida Yolanda, a Dona Patroa (Eliane Giardini), maltratada pelo marido Teodoro (Herson Capri).
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O autor de Renascer, Benedito Ruy Barbosa, já havia trabalhado com Arutin em outras novelas: Meu Pedacinho de Chão (1971-1972), que marcou a estreia do ator, natural de Barretos (SP), no gênero; o também libanês Youssef de Os Imigrantes (1981-1982); a primeira versão de Sinhá-Moça (1986), na qual o artista viveu o tipógrafo Augusto; e Vida Nova (1988-1989), com Arutin no papel de Michel, outro libanês.
Era desejo do novelista que Luís Carlos Arutin interpretasse mais um libanês em O Rei do Gado, papel criado especialmente para ele. Com a morte do artista, Benedito eliminou do enredo o personagem pensado para Arutin.
O Rei do Gado estrearia no final de 1995, em substituição a A Próxima Vítima, de Silvio de Abreu, mas acabou adiada. Explode Coração, de Glória Perez, entrou em seu lugar na ocasião, depois de a TV Globo considerar pôr no ar uma adaptação de Mar Morto, de Jorge Amado.
Na mesma época, Luís Carlos Arutin viveu seu último personagem na TV: o André da novela A Idade da Loba, de Alcione Araújo, produção da TV Plus exibida pela Band. O último capítulo foi exibido em 19 de janeiro de 1996 e contou com uma homenagem ao ator.
Outras novelas que contaram com Luís Carlos Arutin no elenco foram a segunda versão de A Deusa Vencida (1980), de Ivani Ribeiro; Champagne (1983-1984), de Cassiano Gabus Mendes; A Gata Comeu (1985), de Ivani Ribeiro, remake de A Barba Azul (1974-1975); Corpo Santo, de José Louzeiro e Cláudio MacDowell (1987) e Top Model (1989-1990), de Walther Negrão e Antonio Calmon.