Nos anos 1980, Robert Durst era herdeiro e frequentador das rodas mais disputadas de Nova York. Sua família, ainda hoje uma das mais ricas dos Estados Unidos, detém patrimônio bilionário. Mas, em 10 de janeiro deste ano, Robert faleceu em uma prisão americana, onde cumpria pena perpétua após um julgamento bombástico ocorrido em maio de 2021.
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Os 40 anos que se passaram entre os tempos de playboy e a morte na cadeia são tema da nova produção original do Investigação Discovery (ID): Robert Durst: Crime e Justiça (The Trials of Robert Durst).
Com estreia no sábado, 19 de fevereiro, às 22h, o documentário com duração de quase duas horas recapitula as investigações do rastro de mortes misteriosas que marcaram a vida de Robert, a partir de depoimentos e imagens dos julgamentos que o tiveram no banco dos réus.
A morte de Kathie Durst
Tudo começou em fevereiro de 1982, quando a esposa do bilionário, Kathleen ‘Kathie’ Durst, desapareceu em meio a rumores de crise conjugal e violência doméstica. A jovem tinha 29 anos à época, e seu corpo jamais foi encontrado.
Em 1990, Robert conseguiu divorciar-se sob alegação de abandono. Apenas em 2017, Kathie foi legalmente reconhecida como morta em ação movida por sua família.
A melhor amiga de Robert Durst surge morta
Em 2000, a melhor amiga de Robert, Susan Berman, foi encontrada morta com um disparo de arma de fogo, em sua própria casa, em Los Angeles; a cena do crime sugeria que ela conhecia e confiava em seu algoz.
O assassinato permaneceu sem solução até 2015, quando Robert, após uma entrevista, esqueceu-se que ainda estava com o microfone de lapela e murmurou consigo mesmo a confissão da autoria.
Graças ao álibi sustentado por Susan na época do desaparecimento de Kathie Durst, Robert fora retirado do quadro de suspeitos – por que passados tantos anos Robert assassinaria sua amiga e confidente? Estaria Susan disposta a contar a verdade sobre o desaparecimento de Kathie?
O vizinho: legítima defesa?
Apenas um ano depois, em 2001, outra morte suspeita e relacionada a Robert aconteceu: Morris Black, então vizinho do bilionário, foi morto e esquartejado. Robert chegou a ser preso, mas foi liberado pouco tempo depois, após pagamento de fiança. No entanto, em 2004, ele confessou a autoria do crime durante julgamento, alegando legítima defesa.
Após décadas de suspeita, novos detalhes finalmente vêm à tona quando o herdeiro finalmente retornou ao tribunal em 2021, para ser julgado pelo assassinato de Susan Berman. O aguardado julgamento foi repleto de drama, do início ao fim, e teve depoimentos bombásticos, entre eles o do próprio réu.