
A demissão de Rodrigo Bocardi disparou um sinal de alerta no jornalismo da Globo. Para muitos, recado bem claro: todos os limites cobrados, principalmente na relação com políticos e empresários. Segundo fontes do Canal do Vannucci, alguns profissionais do vídeo possuem autorização para realizarem treinamentos e apresentarem eventos, mas com regras bem claras e alguns impedimentos. E, nesse sentido, temem raspar no limite estabelecido no Código de Ética da Globo.
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Além disso, jornalistas sócios de agências de comunicação, marketing digital e agenciamento chegaram mais apreensivos ao trabalho. Todos sabem que, mesmo que imponham limites, essas empresas buscam clientes em vários setores. Empresários, executivos e políticos são os que mais buscam treinamento para entrevistas de olho num maior espaço em programas da televisão. Há também profissionais que contratam estratégias de marketing digital e assessoria de imprensa. Ou seja, um campo minado que exige muita sensibilidade para separar interesses pessoais e profissionais.
Na redação da Globo em São Paulo ninguém percebeu sinais de que um processo administrativo caminhava no compliance. Essas investigações costumam ser bem discretas e com depoimentos sigilosos, mas às vezes surgem indícios. Por isso mesmo, a surpresa de muitos no jornalismo lá na Berrini. De qualquer forma, fontes do Canal do Vannucci ressaltam que há um clima de atenção redobrada, principalmente com e-mails e celulares corporativos.
Quem substituirá?
Na redação de São Paulo, o comentário é que a Globo não fará uma substituição às pressas. Apesar da necessidade de garantir mais tempo para Sabina Simonato dedicar-se ao Bom Dia Sábado, ela seguirá interinamente no Bom Dia São Paulo. Ela já ficaria no telejornal como suporte ao apresentador. A escolha do novo titular poderá acontecer junto com outras mexidas no departamento.
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