Império de Mentiras é o novo cartaz do Globoplay, remake da trama turca Kara Para Aşk (2014-2015), a qual apesar de não ter feito tanto barulho em seu país de origem, foi muito bem vendida, já tendo sido exibida em quase todo o território latino, inclusive no México, por meio do canal Imagen Televisión.
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A produção a cargo da renomada Giselle González (Caer en Tentación) como produtora executiva, que uniu à sua equipe o escritor Leonardo Bechini (La Candidata), leva a assinatura de Juan Pablo Blanco (El Color de la Pasión) na direção e apresenta Angelique Boyer e Andrés Palácios como protagonistas.
A trama inicia com um bom ritmo de ação, o qual se desenvolve em meio à resolução de um caso de desaparecimento de várias crianças, sendo liderado pelo policial Leonardo. Um assassinato, um sequestro e muitas perguntas sem respostas marcam a apresentação de Império de Mentiras.
Entrelaces da história
A narrativa soa muito ágil, com acontecimentos bem elencados e personagens interessantes. Apesar de uma notória agilidade, alguns acontecimentos pareceram ter sido inclusos com tanta pressa que sequências posteriores ficaram estranhas, como o fato de Elisa (Angelique Boyer) ter sido abordada por Darío (Iván Arana ) segundos após o pai ser enterrado e com várias pessoas no local.
Outra situação que soou estranha é o fato de Elisa querer tirar sua irmã do país sem comunicar a polícia antes, porque, apesar de ser parte da família da vítima, o assassinato de Augusto aconteceu após a festa de aniversário, ocasião que a família e amigos estavam reunidos, logo, o mais provável é que a polícia tome o depoimento de todos que estiveram presentes e que viram Augusto. (Um furo no roteiro? talvez!).
Direção, estética e mais detalhes
A direção de Juan Pablo Blanco imprime um clima bem maduro para a produção, ótimo para tramas do gênero. As cenas de abertura no parque de diversões é um bom exemplo.
Contudo, planos mais abertos em cenas gravadas em estúdio foi uma falta observada pelo jornalista Jonathas Lopes, do site Estrela Latina. “A impressão que fica é de uma certa insegurança em apresentar os cenários montados. Porém isso pode mudar nos próximos episódios.
Somada a direção ‘moderna’ do folhetim, a fotografia também adiciona toques visuais bem expressivos. Eu destaco a cena que a família de Elisa recebe a notícia do assassinato do pai. O tom frio da fotografia chama bastante atenção“, pontua ele.
Os instrumentais da novela estão bem chamativos e contribuem para construir o clima de suspense do arco principal. A canção do casal protagonista Otras Vidas, interpretada por Carlos Rivera, é belíssima.
Giselle González sai a frente de outros produtores da casa e mais uma vez entrega uma história moderna, sem abandonar nuances do melodrama tradicional, como a presença de uma forte história de amor. Sua produção é atrativa e torço para o que público corresponda positivamente.
Atores em cena!
Ainda na opinião de Jonathas Lopes, Angelique Boyer faz por merecer o posto de protagonista. “A atriz possui presença em cena e cativa. Em contrapartida, Andrés Palácios possui uma postura fria, ainda que não esteja ruim, porém incomoda. Confesso que o casal ainda não me convenceu.
Além da atriz veterana Leticia Calderón, outros destaques nesse primeiro momento foram Alejandra Robles Gil, Iván Arana e Susana González.
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