No final dos anos 1940, uma nova estrela despontava nos palcos teatrais e salas de cinema do Brasil: Tônia Carrero. Figura de destaque da época áurea da Vera Cruz e do Teatro Brasileiro de Comédia, além de ter participado da televisão já em seus anos iniciais, a atriz iniciava uma carreira de seis décadas, relembrada no In Memoriam desta semana.
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Maria Antonieta de Farias Portocarrero nasceu no Rio de Janeiro em 1922, filha do militar Hermenegildo Portocarrero, que sempre a incentivara na paixão pela arte, especialmente pelo teatro. Jayme Costa e Procópio Ferreira, atores de sucesso, constavam das relações do pai de Tônia, que se formara em Educação Física, mas queria mesmo era ser estrela de cinema.
E fora uma das grandes num período especial da produção cinematográfica brasileira, quando se quis fazer aqui uma espécie de Hollywood tupiniquim com a Vera Cruz. Na companhia, Tônia estrelou Tico-tico no Fubá e Appassionata, após a estreia como uma das colegiais de Querida Suzana, da Cinegráfica São Luiz, em 1947.
Entre as dezenas de peças que Tônia fez, boa parte ao lado de Paulo Autran, destacam-se Um Deus Dormiu Lá Em Casa, Uma Mulher do Outro Mundo, Otelo, Entre Quatro Paredes, Macbeth, Quem Tem Medo de Virginia Woolf?, Seis Personagens à Procura de Um Autor, A Divina Sarah e O Jardim das Cerejeiras, entre outras.
Na televisão, a atriz marcou presença em poucas novelas, nas TVs Rio, Excelsior, Globo, Manchete e SBT, no decorrer de cerca de 40 anos. Algumas das principais foram Sangue do Meu Sangue, Pigmalião 70, Água Viva, a própria Sassaricando, no ar atualmente no Canal Viva, e Kananga do Japão. Confira o vídeo!