
O TBT da TV do Observatório da TV relembra nesta semana a incompreendida novela As Filhas da Mãe, de Silvio de Abreu. O título completo era A Incrível Batalha das Filhas da Mãe no Jardim do Éden, e com esse trabalho o autor voltava à faixa que o consagrou, depois de um afastamento de oito anos, desde o fim de Deus nos Acuda em março de 1993.
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Ao contrário do comum no processo de desenvolvimento de uma novela, quando a partir da história que é criada o elenco adequado é escolhido, em As Filhas da Mãe o autor primeiro convidou um determinado grupo de atores com os quais desejava trabalhar, para depois definir a história que contaria e que personagens daria a cada um deles.
Fernanda Montenegro era Lulu de Luxemburgo, premiada diretora de arte do cinema hollywoodiano que escondia sua verdadeira história: décadas antes, ela foi obrigada a deixar os filhos e o Brasil pelo próprio marido, Fausto Cavalcante (Francisco Cuoco).
O desaparecimento de Fausto dá a Lulu a coragem de que precisava para retornar ao País e retomar os laços com Alessandra (Bete Coelho), Tatiana (Andréa Beltrão) e Ramon, o mais difícil de encontrar dos três filhos. Ele mudou de sexo e agora é Ramona (Cláudia Raia). Também retorna depois do sumiço do pai.
A partir desse reencontro familiar, para o qual Lulu precisa se preparar, e da disputa pela herança de um patriarca que nem se sabe ainda onde foi parar, a trama evolui, com os tipos diretamente envolvidos com as filhas da mãe, como Arthur (Raul Cortez), Manolo (Tony Ramos), Rosalva (Regina Casé), Adriano (Thiago Lacerda) e Leonardo (Alexandre Borges), entre muitos outros.
Pelo ritmo desejado, pela mescla dos personagens criados e pelos raps que se desejou ter interligando as cenas e contextualizando o espectador, a novela foi definida por Silvio como um “cordel-sulista-paulistano”. Quer mergulhar mais nessa viagem a 2001? Confira o vídeo!