
Apresentado no início de maio no Freud Museum, em Londres, o espetáculo Hilda e Freud flagra um momento de intimidade entre o pai da psicanálise Sigmund Freud (1856-1939) e a poetisa e romancista norte americana Hilda Doolittle (1886-1961), durante suas sessões de análise, em que mergulhou em questões internas que ajudaram em sua criação literária.
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Com texto assinado por Antônio Quinet, também diretor e intérprete de Freud, a montagem cumpriu curta temporada na casa em que o psicanalista se exilou, em Londres, durante as ocupações nazistas ao redor da Europa e transformado, após sua morte, em um museu que preserva seu acervo, além da sala onde realizava os atendimentos, usada pelos atores para ambientação do espetáculo.
Encenada em português e em inglês, Hilda e Freud é espetáculo que flagra as sucessivas sessões de Doolittle, interpretada por Juliana Teixeira, e seus embates contra seus fantasmas internos e os métodos do terapeuta. A experiência a levou a escrever, em 1958, Tributo a Freud, onde narra o dia a dia e os segredos revelados em suas consultas.
A dupla construiu uma amizade que percorreu boa parte da vida e da obra da escritora. Hilda e Freud ganhará sessões no Brasil a partir do segundo semestre, quando realizará apresentações no Rio de Janeiro, ainda sem data ou local confirmados.