O streaming Disney+ colocou o plano com anúncios na rua, nos Estados Unidos. Segundo o site Variety, a empresa conversa com agências de publicidade para ditar as diretrizes do projeto. O novo pacote irá exibir quatro minutos de comerciais a cada hora assistida. Essa opção alternativa de assinatura será disponibilizada primeiro no mercado americano, logo se expandindo a outros países.
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Nesse contato com a turma da propaganda, a Disney limitou bem o que não pode entrar na plataforma. A dona do Mickey Mouse, na medida do possível, faz de tudo para não perder a aura de administrar um streaming família, por isso não irá permitir comerciais de bebidas alcoólicas nem reclames politizados ou de políticos.
Outra medida da Disney é ser bem cautelosa nos comerciais exibidos em programas voltados aos pré-adolescentes. Em se tratando de atrações abaixo disso, vistas por crianças de menos idade, a ideia é não exibir propagandas de jeito nenhum. Isso casa com o que a empresa sempre fez nos canais tradicionais da TV paga, como o Disney Channel e o Disney Junior.
A Disney apenas está seguindo o caminho que outros streamings, como HBO Max e Peacock, trilham desde os respectivos primeiros passos nesse mundo. E, antes cedo do que tarde, a Netflix vai entrar nesse jogo também, rompendo a promessa feita em anos anteriores de jamais colocar propagandas na plataforma.
Parece ser essa uma passagem só de ida. Cada vez mais o público deixa de consumir a TV aberta, financiada pela publicidade, para assistir às atrações dos streamings. A ideia é oferecer os dois tipos de plano, com e sem propaganda.
Por um ponto de vista, streaming com anúncios satisfaz todas as partes envolvidas. O mercado publicitário entra em um campo repleto de consumidores em potencial, os streamings lucram com mais assinantes e o espectador economiza ao optar pleno pacote mais barato.
Pelo o que a HBO Max e o Peacock apresentaram até agora, muitas pessoas não se importam em ter a experiência televisiva interrompida com anúncios, pagando menos por isso, é claro, em comparação aos planos sem anúncios.
A curto prazo, o Prime Video (da Amazon) e o Apple TV+ (da Apple) não devem entrar nesse mundo da propaganda no streaming. Ambas as plataformas são itens de grandes empresas que fazem dinheiro com outros produtos, não dependendo do streaming para fechar o balanço financeiro no verde. ⬩