FASE DE TESTES

Netflix cria taxa para frear compartilhamento ilegal de senhas

A empresa arma uma estratégia contra a prática que viola os termos de uso da plataforma

Publicado em 16/03/2022

Uma prática comum, mas ilegal, é compartilhar a senha de acesso da Netflix com pessoas de fora de casa. Visando diminuir tal conduta proibida, a gigante do streaming criou uma taxa para frear (e lucrar) com esse hábito. Um teste será feito em três países, Chile, Costa Rica e Peru, que permitirá ao assinante adicionar dois novos perfis na conta do streaming; pagando um preço extra, óbvio.

A novidade foi anunciada nesta quarta-feira (16) por Chengyi Long, diretora de produtos e inovação da Netflix. Caso a experiência dê certo, ela será espalhada ao redor do mundo.

No modelo atual, o assinante pode compartilhar a conta da Netflix com quem mora junto. É possível criar até perfis separados, proporcionando experiência de navegação personalizada. “Isso cria uma confusão sobre quando e como a Netflix pode ser compartilhada”, disse a executiva, no blog da empresa.

E, sim: dividir a senha com alguém fora de casa é ilegal. Isso segundo os termos de uso que todo mundo diz que leu (mas poucos de fato o fez) e assinou antes de ativar a conta da plataforma. O documento diz:

“O serviço Netflix e todo o conteúdo visualizado através do serviço são para seu uso pessoal e não comercial e não podem ser compartilhados com indivíduos fora de sua casa. Durante sua assinatura da Netflix, concedemos a você um direito limitado, não exclusivo e não-transferível, para acessar o serviço e assistir ao conteúdo Netflix.”

A taxa a ser cobrada gira em torno de US$ 3 (R$ 15). Integrantes dos planos Padrão (intermediário) e Premium poderão compartilhar a conta com duas pessoas que não vivem sob o mesmo teto. Cada uma delas terá um perfil próprio, personalizado, usando login e senha diferentes.

“Reconhecemos que as pessoas têm muitas opções de entretenimento, por isso queremos garantir que todos os novos recursos sejam flexíveis e úteis para os clientes, cujas assinaturas financiam todos os nossos excelentes programas de TV e filmes”, falou Chengyi Long.

“Trabalharemos para entender a utilidade desse recurso para os assinantes desses três países antes de fazer alterações em qualquer outro lugar do mundo”, concluiu a executiva. ⬩

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