
Na noite de 31 de dezembro de 1988, o Bateau Mouche IV partiu do Rio de Janeiro para um passeio luxuoso de Réveillon. A bordo, mais de 140 passageiros esperavam celebrar a virada do ano assistindo aos fogos em alto-mar. O que deveria ser uma noite de festa, no entanto, terminou em desastre. A embarcação naufragou antes da meia-noite, matando 55 pessoas, incluindo a atriz Yara Amaral.
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Agora, 36 anos depois, a série documental Bateau Mouche: O Naufrágio da Justiça estreia no Prime Video para resgatar essa história e revelar como a impunidade marcou o caso. Ao longo de três episódios, o documentário traz entrevistas, pesquisas detalhadas e reconstituições que mostram as falhas que levaram à tragédia e as consequências do desastre.
A investigação da época apontou que o barco estava em más condições, além de superlotado. Mesmo assim, foi autorizado a continuar o passeio, o que resultou no naufrágio. Os donos da empresa responsável foram condenados anos depois, mas fugiram para a Europa sem cumprir a pena.
Além de relatar os eventos daquela noite, a série expõe a demora da Justiça e a falta de responsabilização. Para Bernardo Amaral, filho de Yara Amaral, que perdeu mãe e avó no acidente, a produção vai além do resgate histórico: “Essa tragédia não pode ser esquecida. O documentário é um alerta sobre como o sistema falha com as vítimas“, disse à Veja.
Bateau Mouche: O Naufrágio da Justiça chega ao Prime Video nesta terça-feira (18), trazendo à tona um dos desastres mais marcantes do Brasil, reforçando que, sem justiça, a história pode se repetir.