
Orestes (Luiz Parreiras) e Suzane (Leila Lopes) irão para o motel em O Rei do Gado e uma narrativa será inventada. “Depois que eu desmaiei de sono, nenhum outro barco abordou o nosso iate, abordou?”, indagará o empresário. “Abordou. Era um navio pirata e o chefe deles tinha um olho de vidro, perna de pau e uma das mãos era um gancho. Era horrível, fedia a suor e bebida. Você lutou contra ele, todos estavam sujos de sangue porque lutavam e morriam”, mentirá a morena.
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“Fala! E eu?”, questionará o homem. “Meu amor, você lutava e de repente a espada dele atravessou o seu braço direito. Com mão esquerda, você pegou a espada e continuou lutando. E eu estava num canto, escondida, apavorada”, dirá a sedutora. “Eu acabei com ele?”, insistirá Orestes.
“Não, de repente a espada dele o atravessou e você caiu. Aí ele me viu, me pegou nos braços e foi me levando para a sua cabine de comandante. Me jogou na cama e caiu por cima de mim. Eu lutei, eu juro porque eu não queria”, falará Suzane, aos prantos. “Maldito! E o que foi que ele fez com você?”, perguntará o ricaço.
“Ele não conseguiu fazer nada. Quando estava em cima de mim com aquele cheiro horrível de bebida, uma espada atravessou o corpo dele e ele caiu de lado. E você surgiu na minha frente, com o peito ainda sangrando da estocada que ele acertou em você. Eu abri os meus braços e você caiu em cima de mim ferido, mas cheio de amor para me dar. Eu pude sentir o gosto da tua boca, o cheiro do teu sangue. Eu quis morrer desse jeito, nos teus braços, meu amor”, declarará a morena.
“E eu morro nos seus”, dirá Orestes, indo para cima da esposa para transar. “Isso é uma loucura, Orestes, mas me ama. Se é só assim que você gosta de me amar, me ama, meu marido! Me ame!”, gritará Suzane, que de repente perceberá que Orestes teve um ataque do coração e faleceu.