Quanto Mais Vida, Melhor!, próxima novela das sete com previsão de estreia em novembro, conta a jornada de Neném (Vladimir Brichta). Nascido e criado na Tijuca, tradicional bairro da Zona Norte do Rio, o ex-ídolo do Flamengo e da Seleção Brasileira, com passagens por times da Europa, tenta retomar sua carreira de jogador de futebol.
Veja também:
A rotina de noitadas e bebedeiras contribuiu para o declínio de sua forma física e consequente aposentadoria precoce dos gramados. Os problemas financeiros o obrigaram a voltar a morar com a mãe, Nedda (Elizabeth Savala), as filhas e suas duas ex-mulheres: a primeira, Jandira (Micheli Machado), namorada de infância, com quem teve Martina (Agnes Brichta); e a segunda, Betina (Carol Garcia), com quem teve Bianca (Sara Vidal).
Martina, aliás, é vivida por Agnes Brichta, filha do ator na vida real. O artista comemora a chance de dividir a cena com a herdeira. “É uma alegria, um orgulho muito grande. O personagem dela foi uma conquista dela, que se deu sem o meu intermédio, e isso me deixa muito feliz também”, revela.
Além do apoio das filhas, Neném tem em seu empresário, Osvaldo (Marcos Caruso), um verdadeiro pai. E, quando tentava desesperadamente embarcar para São Paulo, para fazer um teste para a Ponte Preta, Neném sofre um acidente aéreo que muda seu destino e faz sua trajetória cruzar com as vidas de Paula Terrare (Giovanna Antonelli), Guilherme Monteiro (Mateus Solano) e Flávia (Valentina Herszage).
“Eu definiria o Neném como um craque de futebol, um grande pai e um cara passional. E ao longo da novela, dada a urgência com que ele precisa resolver seus problemas, sua vida vai ganhando proporções dramáticas”, aponta Vladimir Brichta, que, na entrevista abaixo, conta mais detalhes sobre a aventura de viver esse personagem.
Em quem se inspira para viver Neném?
Não me inspirei nenhum personagem especificamente para viver o Neném. Ele é uma mistura de pessoas que conheci, de outros personagens que já fiz, e tem muito de mim também. Procurei fazer com que esse personagem tivesse bastante carisma, que fosse positivo, alegre. É uma figura que passa por vários percalços, muitas dificuldades, mas sempre com energia otimista. Ele também tem uma trajetória romântica importante, feita de uma maneira menos tradicional, com muito humor presente.
Como foi a preparação para vivê-lo? Já tinha intimidade com a bola?
A preparação envolve muitas coisas. Na parte mais técnica, além dos encontros e diversas leituras com elenco, também fiz preparação para o futebol. Afinal, ele é um craque. Para isso, a linguagem adotada, assim como no futebol, é uma linguagem mais superlativa, fantástica. Claro que eu já tinha alguma intimidade com a bola, mas, ao mesmo tempo, eu não preciso fazer um jogo inteiro de verdade para que a gente capte, e sim, que a gente ensaie determinados lances, que tenham plasticidade. E foi para isso que eu me preparei. O Jamir Gomes, que é assessor de futebol e ex-atleta profissional (com passagens por Grêmio, Botafogo, entre outros clubes), acompanha não só a mim, mas também todo núcleo do futebol. Joguei bola durante muito tempo na minha vida, mas parei de jogar há muito tempo também. Então, precisava resgatar essa confiança e ensaiar alguns movimentos e dribles.
Como é a sua relação com futebol? Tem algum ídolo?
Não tenho time no Rio de Janeiro, assim como não tenho time em São Paulo, nem Pernambuco, nem no Ceará. Meu time é só o Bahia. Eu adoro futebol, joguei muito ao longo da minha infância e adolescência. Se eu tivesse talento, teria tentado seguir carreira porque eu realmente era fascinado por futebol.
Quem são seus ídolos no futebol?
Meu primeiro ídolo no futebol foi o Bobô. Minto. Foi talvez o segundo, porque meu primeiro ídolo no futebol foi o Luca, personagem do Mário Gomes na novela Vereda Tropical. Ele foi meu primeiro herói, meu primeiro ídolo. Quis ser jogador de futebol por causa dessa novela, diga-se de passagem. E depois disso, em 1988, o Bahia foi campeão brasileiro. E Bobô era o jogador principal. Então, posso dizer que Bobo foi meu segundo ídolo. E, a partir daí, tive vários. Vi grandes jogadores pela Seleção Brasileira: Zico, Ronaldo, Romário, Sócrates, Casagrande, Falcão… a lista é interminável.
Como é a relação do Neném com a paternidade?
Ele é um cara muito dedicado como pai – e eu posso dizer que me reconheço nisso. Gosto muito; tenho prazer em exercer a paternidade. Porém, ao contrário do Neném, eu tive um pai muito presente. Ele é um personagem que sofre muito com a ausência do pai.
Como está sendo contracenar com a Agnes?
É um prazer, um presentão. Não sei nem se posso dizer que é um sonho porque nunca nem ousei sonhar fazer uma novela contracenando com ela. É uma alegria, um orgulho muito grande. O personagem dela foi uma conquista dela, que se deu sem o meu intermédio, e isso me deixa muito feliz também.
Quanto Mais Vida, Melhor! é um convite a uma viagem por um mundo divertido e lúdico, com estreia prevista para novembro. A próxima novela das sete é criada e escrita por Wauro Wilson, com direção artística de Allan Fiterman.
Escrita com Marcelo Gonçalves, Mariana Torres e Rodrigo Salomão, direção geral de Pedro Brenelli e direção de Ana Paula Guimarães, Natalia Warth, Dayse Amaral Dias e Bernardo Sá. No elenco, estão nomes como Vladimir Brichta, Giovanna Antonelli, Mateus Solano, Valentina Herszage, Elizabeth Savala, Marcos Caruso, Ana Lucia Torre, Mariana Nunes, Bárbara Colen, entre outros. A produção é de Raphael Cavaco e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim.