
Nesta quinta-feira (04), com a reestreia do programa policial Linha Direta, na grade da TV Globo, que abordou o Caso Eloá (2008), o promotor de Justiça Antonio Nobre Folgado, abriu detalhes dos bastidores do sequestro que parou o Brasil. Durante entrevista ao jornalista Pedro Bial, o promotor afirmou, sem citar nomes, que uma apresentadora havia atrapalhado as negociações com Linderberg Alves, que acabou assassinando a ex-namorada com um tiro na cabeça após a ação de invasão da polícia no local.
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“Teve um momento em que uma apresentadora de televisão se colocou como negociadora e interrompeu a negociação com a polícia. Nesse dia, [no dia 15 outubro de 2008], havia um acordo feito entre o capitão, o irmão da Eloá e o Lindemberg para ele se render”, contou Antonio Nobre Folgado.
O promotor também afirma que os holofotes oferecidos pela imprensa ao sequestrador acabou prolongando todas as negociações do criminoso com a polícia. “Quando entra essa apresentadora, o Lindemberg percebe que está ao vivo e resolve prolongar tudo porque ele era o centro das atenções. Então tudo isso atrapalhou a polícia”, detalhou ele.
Ainda na cobertura do caso, o jornalista e apresentador César Tralli, emitiu a sua opinião afirmando que a polícia deveria ter dificultado o trabalho da imprensa que estava atrapalhando as negociações com o sequestrador.
“A polícia não estabeleceu limites para o trabalho jornalístico, o que eu vi foi um equívoco muito grande. Como jornalista, tudo o que você quer é estar o mais próximo possível do fato. O trabalho da polícia seria dificultar a aproximação da polícia para você poder trabalhar aquela situação com o máximo de tranquilidade possível”, completou o jornalista.