O ex-jogador de vôlei César Augusto, 32, deixou de levar meio milhão de reais no Domingão com Huck neste domingo (20) ao errar a resposta de uma pergunta sobre o design do aparelho telefônico orelhão, criado em 1971 no Brasil.
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A pergunta feita a César durante o quadro Quem Quer Ser Um Milionário? foi inusitada. O que inspirou a arquiteta Chu Ming Silveira a criar o design do protetor telefônico, o icônico orelhão brasileiro, feito em 1971? A resposta correta era a letra D, “casca de ovo”. Mas o participante gaúcho arriscou “amendoim”.
César já tinha ganhando R$ 300 mil, mas seu erro lhe custou bastante caro. O participante acabou levando R$ 30 mil para casa. Ele havia chutado duas perguntas anteriores, mas a estratégia não compensou.
“Eu não devia ter deixado você fazer isso“, arrependeu-se Luciano Huck ao descobrir que César perdeu dinheiro com o chute.
“Está tudo bem“, consolou ele. “Eu gostei. Foi uma boa experiência. Eu saí muito mais feliz respondendo do que parando.” Até agora, somente um participante conquistou o desejado milhão durante o quadro do Domingão.
Quem é Chu Ming Silveira?
A arquiteta e urbanista sino-brasileira Chu Ming Silveira nasceu em Xangai, China, mas veio com a família aos 10 anos para o Brasil. No início dos anos 1970, enquanto trabalhou como chefe do Departamento de Engenharia da Companhia Telefônica Brasileira (CTB), Chu Ming ficou responsável por criar um telefone público.
Para proteger os cidadãos das intempéries do espaço aberto, em vez de uma cabine como os telefones londrinos, a arquiteta optou pela proteção parcial. Sua ideia foi baratear o custo e otimizar para o calor intenso nos trópicos, mas sem abrir mão da proteção contra sol e chuva.
Na época da instalação dos aparelhos, Carlos Drummond de Andrade, poeta mineiro, escreveu uma crônica no Jornal do Brasil sobre o novo aparato urbano.
“De repente — notaram? — a rua melhorou em São Paulo, com o aparecimento do telefone-capacete. […] A verdade é que a rua ficou sendo outra coisa, com as pessoas descobrindo que não precisam mais fazer fila no boteco ou na farmácia para dar um recado telefônico“, escreveu Drummond.
A inovação da arquiteta brasileira foi o uso do material adequado: a fibra de vidro. Além disso, com usuários apelidando a proteção como “orelhão”, sua invenção caiu no imaginário coletivo.