Levar um casamento de aparência é crucial para Samuel (Eriberto Leão), já que o maior medo do médico é que a mãe descubra que ele é homossexual. Em breve o psiquiatra vai pedir ajuda à Mãe Quilombo mais uma vez para conseguir ter um filho com Suzana (Ellen Rocche) em O Outro Lado do Paraíso.
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Tudo para deixar Adnéia (Ana Lúcia Torre) feliz e, assim, bem longe de descobrir seu segredo. Quando chega em casa do hospital, ele avisa à esposa que vai fazer uma viagem curta e precisa deitar cedo para descansar. “Mas eu posso te relaxar, deixar bem descansado”, provoca a enfermeira. “Pare, enfermeira Suzana, pare! Minha mãe botou na cabeça essa historia de neto. Virou uma obsessão. Nós temos que seguir com a vida de casal normalmente”, diz. Suzana então vai reclamar que o marido era um ‘estouro’ no início do casamento e foi esfriando com o tempo. “É natural, em um casal, que com o tempo o fogo se transforme em brasas”, pondera. “Em brasas pode ser. Não em cinzas”, reclama a enfermeira. “Vamos dormir, enfermeira Suzana. Quando eu digo dormir, é dormir. Mas eu garanto. Depois dessa minha breve viagem, terá uma surpresa”, promete.
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No dia seguinte, Samuel parte para o Jalapão onde terá uma longa conversa com Mãe Quilombo (Zezé Motta). “Graças ao que me ensinou, eu consegui casar. No início do casamento até tocava os guizos. Minha mulher é fogosa, nunca reclamou”, diz. “O bote da cascavel”, lembrará a Mãe. “Depois, com os anos, já não senti tanta necessidade de tocar os guizos, a gente entra numa rotina… Não tenho vontade, cansa, e eu conheci um rapaz, a gente se vê, sempre”, confidencia o médico. “Por que insiste em continuar casado? Por que não conta a verdade, desiste dessa mulher? Assume quem você realmente é?”, questiona a mulher. Porém, Samuel insiste que não pode deixar a mãe saber que ele é gay. “Já disse, não quero que ninguém saiba. Nunca. Eu tenho uma posição na cidade. Um nome. Não quero que falem de mim, que riam pelas minhas costas”, afirma.
A Mãe Quilombo quer saber então o que Samuel deseja dela exatamente. “Já conseguiu o que eu considerava impossível, dar conta de uma mulher, eu preciso de mais. Preciso ter um filho…Minha mãe deseja um neto, eu inventei uma história de que tenho problemas de fertilidade. Mas não fui fundo, minha mulher é enfermeira, poderia ir atrás, verificar… Graças aos guizos, consigo funcionar, mas não tenho prazer. Sem prazer, não há criança. Me ajudou uma vez, pode me agudar outra?”, implora. A mulher, então, entrega um frasco para o psiquiatra. “Um líquido precioso, não posso dizer que é remédio ou elixir. É um segredo dos antigos africanos. Ele transforma uma pessoa… É feito do sangue da cascavel. Quem toma, ganha força! Teu corpo vai se contrair feito cobra. Vai dar o bote e soltar o veneno”, diz Mãe Quilombo, que o orienta: “Toma só uma gota, num copo de água. É o suficiente”. Claro que Samuel fica feliz da vida e promete seguir a orientação da mulher. “Faça. E terá teu filho”, promete a Mãe.