O elefante-africano é uma espécie no centro de uma verdadeira guerra. Na virada do século, a África era lar de dez milhões desses animais. Hoje, devido à indústria clandestina do marfim, restam apenas quarenta mil – e, se a matança seguir esse ritmo, em cinco anos eles estarão extintos.
Veja também:
Operação Tanzânia (Blood Ivory), série que o Animal Planet estreia nesta quinta-feira, 7 de dezembro, às 22h20, documenta os esforços para reversão desse quadro alarmante, no epicentro dos confrontos armados entre caçadores e protetores dos animais. Com quatro episódios de uma hora, a atração teve acesso exclusivo às ações de uma força-tarefa montada para coibir a caça ilegal e prender seus responsáveis.
Leia também: Malhação: K1 vai à Delegacia da Mulher denunciar assédio que sofria do padrasto
Na Tanzânia, onde reservas que abrigam os elefantes-africanos funcionam em estado de alerta, existe um grupo formado por ex-membros das Forças Armadas americanas, o VETPAW – nele estão veteranos de guerra que agem para proteger a vida selvagem africana. Ryan Tate fundou o VETPAW em 2012, depois de ver o que estava acontecendo com elefantes e rinocerontes na África e de perceber que o treinamento militar poderia ajudar a vida selvagem a vencer essa batalha.
Tate, então com 30 anos, criou a VETPAW, uma organização sem fins lucrativos que contrata veteranos para trabalhar na preservação ambiental, contra a caça clandestina. Trabalhando em conjunto com as autoridades da Tanzânia, Tate e sua equipe auxiliam nas investigações, provendo segurança e criando estratégias. A VETPAW já participou diretamente em operações que resultaram na prisão de mais de 25 caçadores.
No episódio de estreia, a minissérie apresenta Robert Mande, o coordenador da força-tarefa que reúne oficiais da Tanzânia e os membros da VETPAW. Mande, Ryan Tate e seus colegas estão no campo de batalha, em plena ação, enquanto as câmeras captam cada detalhe de mais uma operação.
O elefante-africano é uma espécie de importância fundamental para diversos ecossistemas. Sua extinção ocasionaria um efeito prejudicial e em cascata – atualmente, estima-se que 30 animais sejam mortos por dia. Mande e Tate mostram como estão organizados os caçadores – dos olheiros, aos atiradores e traficantes. Entender a estrutura da caça clandestina é o primeiro passo para detê-la.