Apresentador da Band e da Rádio Bandeirantes, o polêmico jornalista Milton Neves foi o convidado da noite desta quarta-feira (22) do Programa do Porchat, da RecordTV.
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Entre vários assuntos, Milton falou do passado na emissora, onde ficou entre 2001 e 2008, além de comentar sobre merchandising no jornalismo e seu amor pelo Santos, seu time de futebol assumido.
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Visivelmente emotivo e emocionado na entrevista, Milton não disfarçou isso e comentou que era sua volta para o canal, onde chegou a ser o apresentador com mais exposição na TV brasileira em 2003.
“Eu estou vindo depois de quase oito anos aqui na Record. Pra mim, é emocionante. Eu dormia na RecordTV. Eu saia domingo à noite e voltava sexta à noite. Teve uma época que fazia o Debate Bola todo dia, fazia o Cidade Alerta e gravava o Roleta Russa às quartas e quintas”, explicou.
Para ele, o fato mais importante de sua passagem na Record foi tirar o famoso Show do Milhão, game show lendário do patrão exibido pelo SBT entre 1999 e 2003, com grandes índices de audiência.
Perdendo no Ibope para o Roleta Russa, game apresentado por Milton, o programa só voltou ao ar em 2009, numa rápida temporada, algo que o jornalista se orgulha.
“O Roleta Russa foi um negócio impressionante. Ganhamos cinco quintas-feiras do Show do Milhão, e o Silvio Santos mandou tirar do ar. Nunca mais voltou”, explicou.
Milton também descobriu o valor da publicidade na TV apenas em 1999, quando estreou no Supertécnico, da Band. Por isso, ele diz que é grato aos dois canais de formas diferentes: “Eu descobri a TV pra valer, inclusive em questão publicitária, por valores altíssimos, na Band e na Record. Eu sou muito grato a Band por me revelar e para a Record por ter feito o que fez comigo”.
Milton, como sempre, não fugiu de temas polêmicos. Ele falou novamente sobre jornalistas fazerem publicidade e respondeu a afirmativa de Juca Kfouri, seu desafeto público, que disse que jornalistas não poderiam fazer publicidade.
O apresentador da Band diz que isso é uma patrulha de gente que tem inveja e que as críticas de Kfouri são por pura inveja do que Milton representa.
“Sabe o que é? No meio aqui, tem gente que combate, chamado patrulha. Patrulheiro é pobre de espírito, de bolso, de inveja. Ele não quer que eu não faça. Ele morre de inveja de mim. Todo mundo faz, o Bial que é um grande jornalista, faz merchan. É uma hipocrisia danada. A inveja é terrível. O merchan é o que faz o programa continuar no ar”, afirmou.
Por fim, Milton não escondeu a emoção ao falar do Santos Futebol Clube. Milton chorou ao falar como o clube mudou sua vida, já que descobriu a comunicação e o amor pelo rádio quando ouvia o clube em sua época de ouro, nos anos 60, quando tinha Pelé em campo.
“Quando eu me apaixonei pelo Santos, pelo rádio, isso me salvou na vida. Eu estava à deriva, quem me tirou do buraco foi o Santos. Meu pai morreu e fui criado pela tia maravilhosa, e quem me deu rumo foi o Santos, pelo rádio. E eu ficava ouvindo rádio e coloquei na cabela que tinha que trabalhar na Rádio Bandeirantes. Ninguém gosta mais do Santos do que eu. Eu dei prejuízo para o Santos, e eu me culpo. Ao gostar do Santos, gostei de rádio. Gostar de rádio, vim para São Paulo e eu descobri TV, jornal, publicidade, e comunicação. O Santos mudou minha vida e eu dei dois presidentes que derrubaram o Santos”, finalizou.
Veja o trecho onde Milton Neves chora ao falar do Santos:
.@Miltonneves conta que se culpa por “prejuízo” que deu ao Santos #ProgramaDoPorchat pic.twitter.com/s9jEX2NkjV
— Programa do Porchat (@PgmDoPorchat) 23 de novembro de 2017