
Nesta segunda-feira (9), o Ministério Público anunciou que abriu um inquérito para investigar a conduta da Jovem Pan News, por ter incitado a massa durante todo o processo eleitoral, a fazer parte de atos golpistas contra a vitória democrática de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas eletrônicas.
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De acordo com documento divulgado pela própria Promotoria, a Jovem Pan incitou reações contra a ordem pública e promete investigar os comentários proferidos por jornalistas e comentaristas durante toda a sua programação.
Ainda no documento, o ex-jornalista da TV Globo, Alexandre Garcia, foi citado nominalmente por ter informado os telespectadores de maneira errônea sobre o conjunto de leis que regem o país. “Nos últimos dois meses as pessoas ficaram paradas esperando por uma tutela das Forças Armadas. A tutela não veio. Então resolveram tomar a iniciativa”, disse Alexandre Garcia em sua frase citada pelo inquérito.
Durante os ataques terroristas de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) no último domingo (8), a Jovem Pan News foi a única emissora a ter uma repórter entre os terroristas e endossou o discurso de defesa dos ideais dos criminosos durante a sua cobertura. “Muita gente pedindo mais transparência nas eleições, algo que foi pedido ano passado, logo após o segundo turno… E, uma semana depois de Lula assumir a presidência da República, o povo brasileiro veio às ruas, evitou o confronto do dia primeiro”, falou a jornalista Berenice Leite.