A Globo se pronunciou pela primeira vez sobre a possibilidade de não transmitir os jogos do Flamengo no Campeonato Carioca em 2020 por não ter um acordo com o clube. A emissora afirmou está aberta ao diálogo com o clube rubro-negro, mas admitiu, ao seu modo, que será bem difícil chegar a um acordo para a exibição das partidas em TV aberta, TV paga e pay-per-view.
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Em comunicado enviado ao Observatório da Televisão, a emissora disse que fez uma “uma proposta ao Flamengo na mesma linha que fizemos aos outros clubes do Rio de Janeiro”, mas que o Flamengo não a aceitou e que, ao que consta, não está aberto a conversar nos moldes que a Globo ofereceu inicialmente.
De sua parte, a Globo diz que está sempre aberta ao diálogo com os clubes brasileiros, sempre na intenção de melhorar o futebol brasileiro de um modo coletivo. Caso a Globo não feche com o Flamengo, todos os clubes cariocas devem perder R$ 18 milhões em arrecadação de direitos de transmissão, como noticiou o jornalista Rodrigo Mattos, do UOL, nesta segunda-feira (6).
O Flamengo tinha contrato com a Globo pelo Campeonato Carioca até o ano passado e até agora não o renovou. O clube, por uma questão de prioridade na temporada, vai usar os garotos da base em boa parte dos jogos da competição, enquanto a equipe principal se prepara para outros desafios.
Segundo apurou a reportagem, o Flamengo entende que fechar o contrato de exibição com a Globo pelo Campeonato Carioca seria dar margem para um torneio que o clube não acredita ser mais relevante para o calendário do futebol brasileiro. A Globo respeita a visão do time rubro-negro.
Veja o comunicado da Globo na íntegra:
“Há um enorme interesse da Globo nos direitos do Flamengo para o Campeonato Carioca de 2020, para todas as plataformas – TV aberta, TV paga, digital e PPV.
Fizemos uma proposta ao Flamengo na mesma linha que fizemos aos outros clubes do Rio de Janeiro, respeitando o valor de mercado que a competição tem, mas infelizmente ainda não conseguimos chegar a um acordo.
Do nosso lado, estamos abertos ao diálogo, comprometidos com a proposta de chegar a um acordo que seja bom para todos: clubes, federação, marcas, plataformas e para o torcedor.
Nos últimos anos, nos engajamos em diversas negociações de direitos em que miramos o equilíbrio e a meritocracia, tanto comercial quanto esportiva. Acreditamos que demos passos importantes em direção a um futebol brasileiro mais equilibrado e consistente.
Abrir mão desta busca seria, inclusive, um retrocesso na nossa evolução de um sistema de valoração de direitos que olha o todo, de maneira mais coletiva“