
Filho de Antônio Fagundes, Bruno Fagundes seguiu a carreira do pai e também é ator, mas tem sofrido com a falta de oportunidades de trabalho. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, ele reclamou da falta de papéis e contou que sequer fez testes este ano.
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Longe das novelas desde Cara e Coragem (2022), o artista argumentou que o mercado audiovisual como um todo está escasso. “Não temos uma indústria bem definida. Os streaming estão secos, fomos impactados pela greve dos EUA. Tenho a impressão de que as plataformas não atingiram seu potencial no Brasil ainda. Isso reduz as possibilidades. E na TV só temos a Globo praticamente produzindo novelas num volume maior. Se você não está na Globo, não está em lugar nenhum e isso é cruel. Não tem emprego para todos nós”, analisou.
E contou que aguarda uma oportunidade na TV ou streaming. “Não fiz nenhum teste esse ano de 2024, acredita? Eu e mais 90% dos atores. Falando com mais pessoas, de produção executiva à [produção] de elenco, elas dizem que está tudo meio parado. Por isso que não posso escolher. Qualquer personagem é personagem nessa altura do jogo. Não existe papel grande ou pequeno. É engraçado que as pessoas acham que eu escolho ou não fazer novela por ser filho do Fagundes e isso nunca foi verdade. São 16 anos de carreira. Muitos presumem que integro o fenômeno ‘nepobaby’, mas nunca foi uma realidade”, disse.
Ainda durante o papo, o ator falou sobre seus planos profissionais. “Vou estrear em São Paulo outra peça em março de 2025 de nome ‘Intervenção’, com texto de um autor inglês. Será com a Bianca Comparato. Para esse trabalho, não precisaremos de muita grana para bancar, o texto tem 50 minutos. Trata-se de dois amigos, que são apaixonados um pelo outro. Aborda posse, ciúme, limites de uma relação e tem outras camadas. Uma delas é a política e a polarização. Também fala sobre vício. No enredo, um ajuda o outro com uma grande virada no final”.