No Fantástico deste domingo(6), a repórter Renata Ceribelli relata o drama de brasileiros que às vésperas do nascimento dos bebês viram a guerra transformar a alegria em temeridade e agora tentam descobrir o que vai acontecer com essas vidas que mesmo antes de sair da barriga já têm um futuro incerto.
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O sonho de gerar uma vida move casais do mundo inteiro para a Ucrânia há anos. Prática que é proibida em diversas pátrias, a barriga de aluguel é um negócio no país europeu que está sendo atacado pelo Rússia há mais de uma semana.
O processo de barriga de aluguel na Ucrânia é legalizado e regulamentado, com preços bem mais baixos do que os cobrados em outras partes do mundo. Existem até agências que fazem o pacote completo – é preciso que o casal viaje para Kiev para que seja feita a coleta de material que dará origem aos embriões.
O acompanhamento da gestação é feito à distância, só sendo necessário retornar ao país após o nascimento da criança. Com o início da guerra, o cenário virou. Cidadãos de diferentes países têm filhos nascendo na Ucrânia e não conseguem resgatá-los.
As mães de substituição, em geral, são pobres e vivem espalhadas por toda a Ucrânia, só se dirigindo para a capital às vésperas do parto. Mas com o ataque dos russos, as clínicas não têm conseguido fazer este acompanhamento. Os casais, na maioria das vezes, nem sabem o nome das gestantes. Com boa parte da população tentando escapar do país não há mais como saber se os bebês estão protegidos.
Dramas como o do casal Kelly e Fabio. Os dois estavam na Ucrânia desde 7 de janeiro e agora, com a filha Mikaela nos braços, tentam voltar em segurança para casa, como o Fantástico mostrou no último domingo (27).
Nesta semana, eles deixaram o abrigo custeado pela agência e pegaram um trem para Liviv, na tentativa de sair do país, com destino à Polônia. A fome passou a ser mais uma barreira. Os três precisaram passar a noite em uma estação, sem comida.
Outro casal, de Blumenau, em Santa Catarina, vive uma situação ainda mais delicada. Com o bebê na 39ª semana de gestação, Alessandra e Anderson tinham passagem comprada para Kiev esta semana. Precisaram ficar em Frankfurt, na Alemanha, pois o trecho entre as cidades foi cancelado por conta da guerra.
Além destes casos, há outros semelhantes espalhados pelo Brasil. Casais que há anos planejavam e sonhavam em aumentar a família e agora sofrem com a falta de informações sobre esses bebês tão idealizados.
Nesta sexta-feira (4), a Ucrânia anunciou que a Rússia assumiu o controle de Zaporizhzhia, a maior usina nuclear do país, localizada na cidade de Energodar. O repórter Álvaro Pereira Junior faz um balanço do poderio que os russos tem nas mãos a partir de agora – já haviam assumido o controle também de Chernobyl, logo nos primeiros dias de invasão à Ucrânia.
A chance de uma guerra nuclear é real? Até onde pode chegar essa radiação na Europa e quais as consequências que o mundo pode sofrer? Em um momento nebuloso em relação ao que pode acontecer nos próximos dias, a Ucrânia é o epicentro das maiores dúvidas que pairam sobre o planeta atualmente.
Apresentado por Maria Júlia Coutinho e Poliana Abritta na tela da Globo, o Fantástico deste domingo começa logo do Domingão com Huck.