Depois de No Rancho Fundo, estreia no horário das 18h da TV Globo a novela de época Garota do Momento, trama escrita por Alessandra Poggi que chega às telas dia 4 de novembro.
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Tal como informa a CNN Brasil, Poggi quis trazer uma experiência nostálgica e fabular de volta às telas. Em coletiva de imprensa, a autora da próxima novela das 18h explicou que a trama vai tratar de transformações sociais e o impacto da cultura negra na face do Brasil.
“Queria fazer uma novela nos anos 1950, e escolhi 1958 porque foi um ano de otimismo, com o Brasil sendo campeão da Copa do Mundo e a criação da Bossa Nova”, disse.
Em contraponto ao horário das 21h, que traz histórias contemporâneas e conflitos realistas vividos pela sociedade, as novelas das 18h focam em sonhos.
“A gente gosta de dizer que Garota do Momento é uma fábula de esperança, e a gente está se preparando para levar às telas essas magia, essa sensação de quentinho no coração para quando a novela estiver no ar”, disse Alessandra.
A direção artística de Natália Grimberg ousou na reconstrução de Copacabana do meio do século 20. Em vez do realismo de época, trata-se de reconstruir um Brasil melhor.
“Não podemos esquecer que estamos fazendo uma novela, não é um documentário. Então vamos ter muito rock, muito samba, lambretas, um boliche, que é o ponto de encontro da moçada, e trilha sonora. Estamos usando e abusando das gírias da época“, garantiu.
Segundo documento comercial da Globo sobre a novela, acessado pelo portal Leo Dias, os espectadores da faixa das 18h gostam mais de novelas de época. Em pesquisa interna, a emissora carioca informa que 92,8% do público desse horário prefere tramas históricas.
“A nostalgia não deve ser vista apenas como um desejo saudosista de um tempo passado, mas sim como um elo entre o familiar e o novo“, diz o plano comercial de Garota do Momento.
A tônica saudosista foi confirmada na coletiva sobre a próxima trama das 18h. Alessandra comentou que a escolha do período histórico reforça o privilégio que as novelas de época têm de mergulhar no otimismo.
“Era realmente um ano em que dava tudo certo. Tinha um sonho no Brasil. A Copa, a Bossa Nova, Brasília. Então, para gente, esse sonho continuou. Acho que esse horário das seis fala muito sobre essa coisa do público sonhar e sonhar muito. Por isso usamos a conexão de fábula de esperança”, disse ela.