Gênesis

Elenco de Gênesis que estava no Marrocos consegue voltar ao Brasil

A Record TV fretou um voo para trazer de volta à equipe da novela.

Publicado em 23/03/2020

Por causa da pandemia do coronavírus, a Record TV teve que suspender as gravações que realizava em Marrocos para a novela Gênesis. Parte do elenco do folhetim seguia no país estrangeiro, mas retornaram recentemente ao Brasil.

A emissora fretou um avião para trazer de volta toda a equipe, que tinha nomes como Zé Carlos Machado, Igor Rickli, Carla Marins, Pérola Faria e Ana Paula Tabalipa. Todos usavam máscaras para se proteger do possível contágio, informou Fábia Oliveira.

Pelo Instagram, Pérola compartilhou imagens e um texto sobre a situação. “Vendo as notícias que chegam dos países onde a epidemia já está instalada, eu me pergunto se nós, brasileiros, estamos cultural e emocionalmente preparados para a solidão e a ansiedade de uma longa quarentena, e temo que não”, analisou a atriz.

“Talvez desse pesadelo epidemiológico surjam coisas boas em nossas vidas privadas e públicas. Não seria a primeira vez que o planeta saiu de uma crise criando um jeito melhor de ser. Oxalá o novo coronavírus nos sirva para encontrar uma forma menos egoísta de gozar a vida, agora que fomos lembrados de que a nossa existência depende do cuidado e do amor dos outros”, disse em outro trecho.

Veja:

View this post on Instagram

“Ah, sim, mas o que vamos fazer durante os próximos 45 dias, nos trancar em casa sozinhos e morrer de tédio e solidão? Não necessariamente. Há muitas formas de intimidade terrivelmente sensuais que podem ser compartilhadas à distância. O tempo forçado de reclusão e afastamento também pode ser aproveitado para gestos românticos. Escrever cartas de amor, por exemplo, algo que as pessoas apaixonadas faziam muito no passado, quando não era possível se encontrar e muito menos transar. Talvez as cartas possam ser substituídas por vídeos sensuais. Os casais, os crushs e os amigos podem combinar de ler o mesmo livro, ou ver os mesmos filmes e séries. Talvez, quem sabe, ouvir a discografia inteira de um artista ou de uma banda fabulosos. A imaginação e o tempo livre têm sido, desde sempre, a mãe e o pai de todos os prazeres. Vendo as notícias que chegam dos países onde a epidemia já está instalada, eu me pergunto se nós, brasileiros, estamos cultural e emocionalmente preparados para a solidão e a ansiedade de uma longa quarentena, e temo que não. Somos gregários demais, afetuosos demais, ansiosos demais por viver. Sofreremos muito. Faz dois dias, eu estava numa festa cortando pão e passando patê com a mesma faca que meia dúzia de pessoas. Era o aniversário de um amigo e todos nos cumprimentamos com abraços e beijos. Rimos, falamos e bebemos como se nada tivesse mudado. Mas já havia mudado, radicalmente. Esta manhã, um dos amigos presentes à festa poderia ter telefonado para contar que a garota com quem ele havia ficado um dia antes teve uma febre repentina, foi ao hospital e testou positivo para o coronavírus. Se isso acontecesse, a vida de todas as pessoas naquele encontro teria sido tocada de forma irreversível. Ainda bem que não aconteceu. Ainda. Talvez desse pesadelo epidemiológico surjam coisas boas em nossas vidas privadas e públicas. Não seria a primeira vez que o planeta saiu de uma crise criando um jeito melhor de ser. Oxalá o novo coronavírus nos sirva para encontrar uma forma menos egoísta de gozar a vida, agora que fomos lembrados de que a nossa existência depende do cuidado e do amor dos outros.” #ficaemcasa

A post shared by Pérolα (@perolafaria) on