Você consegue imaginar uma estrela de folhetins mexicanos interpretando Ruth e Raquel, as gêmeas protagonistas de Mulheres de Areia? Pois foi isso que esteve a ponto de acontecer em 2013, quando a história de Ivani Ribeiro entrou em vias de ganhar uma nova versão.
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O remake foi idealizado como uma parceria entre a Globo e a TV Azteca, principal concorrente da Televisa na TV do México. À época, o projeto entre as duas empresas acabava de gerar seu primeiro fruto – Entre el Amor y el Deseo (2010), adaptação de Louco Amor (1983), de Gilberto Braga – e havia a intenção de dar continuidade à colab.
Nasceu então a ideia de Mujeres de Arena, trama que começaria a ser rodada em 2014 no litoral mexicano e que estrearia no mesmo local na TV local. Chegou-se a definir, inclusive, o nome da atriz que viveria as irmãs gêmeas desempenhadas por Glórias Pires na versão de 1993, agora em edição especial pela Globo.
Trata-se de Gabriela Spanic, famosa no Brasil pelos papéis da bondosa Paulina Martins e da perversa Paola Bracho na versão clássica de A Usurpadora (1998). Ela se preparava para interpretar gêmeas pela quarta vez em sua carreira televisiva – algo que já havia feito também em A Intrusa (2001), que estreia em breve no Globoplay, e em Como Tú, Ninguna (1995), folhetim venezuelano até hoje inédito por aqui.
No entanto, a parceria entre a Globo e a Azteca foi esfriando, e Mujeres de Arena acabou engavetada. Não se sabe até hoje o motivo, mas, em virtude disso, a versão mexicana da obra de Ivani Ribeiro acabou não saindo do papel – e, pelo visto, jamais sairá.
Uma pena para os fãs de Spanic, que certamente adorariam vê-la desempenhando outra vez a clássica dobradinha da gêmea boa e da gêmea má – ainda mais em uma história já tão conhecida e tão querida pelos noveleiros de diversas gerações.