O autor Bruno Luperi, de 36 anos, responsável pelo remake de Renascer que estreia nesta segunda-feira (22) na TV Globo, falou da importância da novela criada por seu avó, Benedito Ruy Barbosa, em sua vida. Em entrevista ao gshow, o novelista destacou o desafio de adaptar mais um clássico da televisão brasileira e a responsabilidade de fazer jus ao sucesso da trama exibida originalmente em 1993.
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“É um desafio muito grande, talvez porque eu considero ela a obra-prima dele. Eu considero Renascer a novela em que ele foi mais feliz enquanto escritor e enquanto dramaturgo. Adaptá-la é uma responsabilidade que eu considero ainda maior do Pantanal. Renascer foi a volta dele para a Globo. Ela tem o simbolismo todo muito grande para a história do meu avô, para o legado dele e para o curso que as coisas tomaram nossa família”, afirmou o novelista.
Bruno Luperi, que também foi responsável pela adaptação de Pantanal em 2022, refletiu sobre o privilégio de ter o DNA de um dos maiores autores do Brasil de todos os tempos. “É uma alegria indescritível, é poder de novo acessar e me relacionar com um lado dele, do meu avô, que poucas pessoas tiveram a chance. Um cara que trabalhou muito sozinho e de maneira muito intensa. Trabalhar com ele foi a alegria que a minha mãe e minha madrinha tiveram, meu primo teve também e eu estou tendo certa forma. Ele já não está mais em condições de trabalhar hoje em dia, mas de uma forma ou de outra, o destino me reservou este privilégio de trabalhar com duas obras que eu acho que ele estava na ponta dos cascos. E essas trocas todas são muito boas, muito ricas para mim”, acrescentou ele.
Ainda na entrevista, Bruno Luperi contou como surgiu o convite para a adaptação de uma nova versão de Renascer no horário nobre da TV Globo e que não estava em seus planos trabalhar em uma novela tão cedo logo após de finalizar Pantanal.
“Ter trazido essa novela para a Globo foi uma questão especial. Combinei comigo mesmo e com minha esposa de seguir adiante e não trabalhar em outra obra dele. E eis que o telefone tocou. E eu senti, quando eu recebi convite, como se tivesse destampado a garrafinha do ‘cramulhão’. E aí não tive como negar, não tive como dizer não. Não demorou um segundo para eu me contradizer e aceitar”, revelou o novelista.