A história da manicure Geíza – interpretada pela atriz Belize Pombal, revelação da primeira fase de Renascer como Quitéria, mãe de Maria Santa (Duda Santos) – é uma das tramas que o público pode acompanhar na segunda temporada de Justiça, em cartaz no Globoplay. A antologia contará com a liberação de quatro episódios por semana, sempre às quintas-feiras.
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Geíza e a filha, Sandra (Gi Fernandes), vivem e trabalham com dignidade na comunidade do Sol Nascente, na Ceilândia. Até que um dia, Renato (Filipe Bragança), um jovem de classe média que entra para o tráfico para sustentar seu vício em drogas, muda-se para a vizinhança e passa a atrapalhar a tranquilidade delas.
Ele deixa o som ligado, em um volume altíssimo, 24 horas. por dia, o que dificulta muito a rotina de Geíza e Sandra – já que ambas não conseguem dormir, e Sandra não consegue focar nos estudos em seu ano de Enem. A situação chega ao limite na véspera da prova, quando Geíza se revolta e quebra o som de Renato.
Exaustas, mãe e filha finalmente descansam em silêncio – mas dormem tão profundamente que Sandra acaba perdendo o horário para o Enem. Frustrada, ela confronta Renato, que invade o apartamento de Sandra e a agride. Ao chegar em casa e se deparar com a cena, Geíza golpeia o rapaz para salvar sua filha, e ele acaba morrendo.
O pai dele, o contador Abílio (Danton Mello), pede ajuda ao chefe, o vereador Nestor (Marco Ricca), para prender a responsável pela morte do seu filho. Apesar de sempre ter sido muito correto, Abílio passa a dever favores para Nestor, político corrupto e violento, o mesmo que levou Balthazar (Juan Paiva) injustamente para a prisão.
Geíza é condenada e passa sete anos presa. Enquanto a mãe está na cadeia, sem ter como se sustentar, Sandra se torna uma pessoa em situação de rua. Até que Abílio lhe oferece um emprego, sob uma condição de que a envolve em um esquema de lavagem de dinheiro comandado por Nestor.
“A Geíza conversa com a dinâmica de vida de muitas mulheres no nosso país. Ela é uma mãe solo, da periferia do Distrito Federal, lidando com os desafios da comunidade em que vive. Faz de tudo para que a filha tenha a educação e o estudo como um valor, como uma ferramenta fundamental para ascensão social e intelectual, e para a manutenção de um caminho íntegro e digno. Mas, no caso da Geíza – e, claro, não só no dela, mas no de muitas mulheres na nossa sociedade – a história toma contornos trágicos“, analisa Belize Pombal.
“Ela é uma mãe que abraça a própria história e dos seus descendentes, se atira, numa tentativa de salvar a filha e a si mesma a qualquer custo. É uma mulher de uma força absurda. E o que eu acho mais bonito é que, por mais que essa história se dê na ficção, ela dialoga diretamente com a realidade de muitas pessoas, de muitas mulheres do nosso país”, explica Belize Pombal.