Responsável por ser apresentadora do Jornal das Dez, informativo da GloboNews, Aline Midlej revelou já ter sido vítima de preconceito. “Vivi o racismo, que considero escancarado e não velado, num olhar, numa reticência corporal”, declarou a jornalista em entrevista à Marcia Disitzer, do jornal O Globo.
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“Em outras emissoras, nos anos 2000, passei pelo desafio da estética. Certa vez, deixei meu cabelo enrolado e me pediram para mudar o penteado. Fiz uma versão meio enrolada, meio lisa. Hoje, a minha resposta para esse ‘pedido’ estaria na ponta da língua, eu ia rir alto”, declarou a profissional.
Questionada se acredita que a sociedade brasileira está avançando sobre o assunto, a famosa disse que sim. “Acredito que hoje o debate está diferente, que a História do Brasil escravocrata está sendo discutida de outro jeito. A negritude não me define, ela me compõe”, analisou.
Aline também destacou nomes que admira na sua profissão. “O Caco Barcellos, como repórter. Costumo falar que o ar-condicionado do estúdio atrofia e, sempre que dá, faço matérias, gosto de ir para a rua gravar. E ele, para mim, é o maior repórter do Brasil”, apontou.
“Na apresentação/reportagem, a Gloria Maria é uma referência, além de ser uma mulher negra foda que abriu portas para todas nós. A Neide Duarte é uma grande repórter, e a Flávia Oliveira concentra qualidades muito importantes numa comentarista de TV”, concluiu Midlej.