TV paga volta ao nº de assinantes que tinha 14 anos atrás.
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Os dados são oficiais e podem ser encontrados nos sites da Anatel e ABTA (Associação Brasileira das TVs por Assinatura).
Em cerca de 10 anos, a TV paga perdeu metade da sua base de assinantes. O auge foi em 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil.
De lá para cá a queda foi vertiginosa.
Em 2014 ela chegou a cerca de 20 milhões de assinantes no país. Hoje, tem pouco mais de 10 milhões.
E não há nenhum sinal de que essa queda vá parar.
Voltou a 2010
Não há nenhum segredo a respeito da causa da queda dos assinantes.
O primeiro motivo é visível: a programação vem caindo de qualidade ano após ano, com reprises infindáveis, uma praga de reality shows e interrupções para comerciais a cada 10 minutos.
Com um agravante: são sempre os mesmos comerciais dos mesmos produtos, quando não intervalos para falar apenas da programação do próprio canal.
Outro problema definitivamente grave é a proliferação das TV Box, que acessam canais de forma pirata.
Estimativas dizem que, para cada 3 assinaturas legalizadas, há uma instalação pirata.
O mais recente é a explosão dos serviços de streaming, especialmente os gratuitos, como Youtube.
Números não mentem
Veja a evolução e involução da TV paga no Brasil
2002 – 5,5 milhões
2003 – 3,5 milhões
2004 – 3,8 milhões
2005 – 4,1 milhões
2006 – 4,7 milhões
2007 – 5,3 milhoes
2008 – 6,3 milhões
2009 – 7,5 milhões
2010 – 9,8 milhões
2011 – 12,7 milhões
2012 – 16,2 milhões
2013 – 18,0 milhões
2014 – 19,6 milhões*
2015 – 19.1 milhões
2016 – 18,7 milhões
2017 – 18,9 milhões
2018 – 17.6 milhões
2019 – 15,7 milhões
2020 – 14,9 milhões
2021 – 13,9 milhões
2022 – 12,5 milhões
2023 – 10,4 milhões
Fonte: Anatel e ABTA
*em 2014 o número atingiu 20 milhões, mas no mesmo mês a Sky e a Net decidiram cancelar as assinaturas de quase 500 mil assinantes inadimplentes.
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