Uma salsicha “protagoniza” o primeiro episódio de DNA do Crime, lançada na última terça-feira (14) pela Netflix. Em meio à disputa entre a Polícia Federal e os assaltantes de uma seguradora de valores no Paraguai, a série ganha contornos de CSI ao investigar vestígios da quadrilha em copos, cigarros e até um pedaço de embutido mordido por um dos assaltantes. Neste contexto, destaca-se o perito Yuri, interpretado por Giovanni de Lorenzi.
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Em entrevista exclusiva à coluna, o ator comenta sua preparação para dar vida ao personagem. “Nunca tinha feito nada parecido. Foi completamente novo. O mais difícil é ter o corpo e a atitude de um policial. Não é aprender a pegar na arma, não é sacar, saber mexer. É a atmosfera, o olhar, o jeito de se portar. O perito realmente fica um pouco mais recluso na delegacia. Precisávamos ter a postura, o andar ereto, a forma de olhar e encarar a pessoa”.
Giovanni pode considerar DNA do Crime sua redenção após passar por maus bocados na TV aberta. Após ter atuado na novela Deus Salve o Rei, da Globo, aceitou o desafio de substituir João Guilherme em Poliana Moça, sequência de As Aventuras de Poliana, no SBT. Mais difícil do que continuar um papel consagrado foi enfrentar a ira dos fãs do ídolo teen. O ex-intérprete precisou pedir a seus seguidores que parassem de atacar seu sucessor.
“Eu fiz o Luca Tuber. No começo da novela, lidei com toda a questão de substituir o João Guilherme, que me deu um know-how de crítica na internet absurdo, porque o cara tem um fandom enorme, cheio de crianças e adolescentes, que não mede muito bem as palavras nas críticas. Veio hate para caramba. Descobriram o número do celular, me xingavam no WhatsApp. Criança é muito passional. Você mexe em uma coisa que elas curtem, que é uma novela de anos. Como público, eu entendo. Mas como criança ainda é mais difícil de lidar, porque elas não computam direito a coisa. Mas depois que comecei a fazer e elas começaram a gostar, muitos vieram pedir desculpa. Deu uma virada e foi muito bom. Luca era uma marca do João, tive que respeitar muito o que ele tinha criado”, relembra.
No streaming, Giovanni também integrou o elenco de Desalma, série de terror do Globoplay, mas DNA do Crime é seu trabalho de maior projeção internacional, já que foi lançado simultaneamente em 190 paíaes. Para o ator, que costuma ser comparado ao galã britânico Robert Pattinson, DNA no Crime representa uma guinada na carreira.
“Esse é o trabalho adulto que vai atingir mais pessoas, com certeza. ‘I need to practice my English’ primeiramente (risos). Estou com 27 anos, mas tenho perfil muito novo para um personagem maduro e muito velho para fazer um adolescente. Quero começar a engatar mais personagens maduros”, projeta.
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