Campeão de bilheteria, o cinema espírita lança mais uma produção nesta quinta-feira (20): Ninguém É de Ninguém, inspirado na obra da escritora Zíbia Gasparetto (1926-2018) e estrelado por Danton Mello e Rocco Pitanga. Em entrevista exclusiva à coluna, eles revelaram experiências sobrenaturais durante as filmagens do longa-metragem de Wagner de Assis, um dos mais prestigiados cineastas do gênero, responsável por Nosso Lar (2010) e sua sequência, que também chega às telonas em 2023.
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No filme, Danton Mello é Roberto, um marido tóxico que piora ao sofrer um golpe e ser demitido, enquanto a mulher, Gabriela (Carol Castro), ganha uma promoção do chefe, Renato (Rocco Pitanga). Enciumado, ele arruina a vida da companheira em vida e após sua morte. Danton contou com a ajuda do diretor para interpretar o espírito.
“Foi uma experiência dar vida a algo a que todos que acreditam no espiritismo. E eu tinha do meu lado uma pessoa que entende tudo disso, que tem um coração gigante e me deu a mão, me conduziu. Não foi difícil. Foi bem tranquilo porque tive Wagner do meu lado. E tinha Arigó também”, afirmou o ator, referindo-se a Zé Arigó, personagem que interpretou no filme Predestinado e o aproximou do espiritismo, mesmo sem seguir nenhuma religião.
“Estou sempre pedindo para ele [Arigó], sempre conversando com ele, principalmente neste filme, por se tratar de um espírito das trevas, desse homem terrível e desse espírito que não evoluiu. Todo dia pedi ali no set: ‘Arigó, me ajuda, me proteja, mê dê forças para contar essa história'”, continuou.
Rocco Pitanga foi apresentado ao espiritismo pela namorada, e logo depois recebeu o convite para atuar em Ninguém É de Ninguém. Coincidência? O intérprete de Renato acredita em uma força maior que também sentiu nos bastidores.
“Rolaram algumas situações nada por acaso. Um dia, tive pressão baixa no set e, curiosamente, o Wagner tinha passado para todo o elenco a pomada Vovô Pedro [popular no espiritismo]. Cheguei e ele falou: ‘Passei a pomada em todo mundo, menos em você, vou te entregar!’. Na metade do set, começou a baixar minha pressão, e depois eu perguntei: ‘Vem cá, você teve alguma mensagem? Porque você podia ter me entregado todos os dias, mas fez justamente no dia em que passei mal'”, relembrou.
Assista abaixo à íntegra da entrevista com o diretor Wagner de Assis e os atores Danton Mello e Rocco Pitanga sobre o filme Ninguém É de Ninguém e o sucesso do espiritismo no cinema e na TV.
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