Luis Roberto foi entrevistado por Galvão Bueno e comentou a popularidade do bordão “esses negros maravilhosos”, que virou meme durante a Copa do Mundo de 2014. A empolgação do narrador da Globo durante a goleada da França (e seus jogadores descendentes de africanos) contra a Suíça repercutiu a ponto de telespectadores sugerirem que o profissional fosse gay.
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“Hoje em dia talvez não houvesse as reações que tivemos naquela época, porque começaram a me associar como se eu fosse… duvidar da minha opção sexual, e já tínhamos ali um incipiente de rede social andando mais firme. Eu me surpreendi, mas isso não mexeu comigo”, declarou Luis Roberto no podcast Fala, Galvão!.
(Nota do colunista: Luis Roberto falou erroneamente “opção sexual”, já que sexualidade não se escolhe. No título, a palavra foi corrigida para “orientação”)
Em seguida, o narrador explicou a origem da expressão, remetendo ao histórico Santos de Pelé: “Foi do meu pai, porque ele ia ao Pacaembu ver o Santos jogar todo de branco e dizia: ‘Esses negros maravilhosos de branco, é lindo isso!'”.
Galvão defendeu o entrevistado dos comentários em relação à orientação sexual: “Essa coisa de contestar preferência sexual. Eu tenho uma frase que uso e usei muito nesta última Copa: ‘Sempre falei para todos, independentemente de raça, de credo, de cor, de ideologia, de posição pessoal, de escolhas pessoais’. A gente fala para todo mundo!”.
(Nota do colunista: Galvão Bueno falou erroneamente “preferência sexual” e “escolhas pessoais”, já que sexualidade não se escolhe. O correto é “orientação sexual”)
O bordão não ganhou espaço nas transmissões esportivas de Luis Roberto, mas foi pedido pelo público no Mundial de 2018.
“Para a Copa seguinte, a gente resolveu ressuscitar a brincadeira, e funcionou bem! Fui narrar o jogo da França e criamos a expectativa se iria sair ou não. A França até tinha uma escalação com seis ou sete [jogadores negros], e o jogo foi ruim que dói! A França ganhou do Peru com gol do Mbappé. Quando terminou o jogo, só para fazer, falei: ‘Eles não mereceram, mas os negros maravilhosos jogaram’. Aí quebrou a internet!”, recordou o narrador.
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